O agricultor José Santos Cavalcanti , que mal sabe rabiscar seu nome, passou em 44º lugar em um concurso público da Prefeitura Municipal de Ribeirão, cidade pernambucana.


O concurso oferecia 70 vagas para o cargo de Agente Patrimonial e exigia, no mínimo, o Ensino Fundamental. A prova era de múltipla escolha, o que facilitou a aprovação e a classificação, pois segundo o próprio candidato, ele chutou as respostas das questões. Dessa forma, conseguiu acertar 21 das 30 questões.

Ao tomar conhecimento do fato, o Ministério Público recomendou a exclusão do candidato da relação de aprovados, uma vez que ele não possui a formação mínima necessária para assumir a vaga.


Tal fato só prova  que esses concursos recheados de inúmeras questões objetivas não medem conhecimento algum. Com uma boa dose de sorte e, em alguns casos, de muita “esperteza”, qualquer candidato pode passar, até mesmo um analfabeto, como o agricultor acima citado. Por isso defendo que todos os concursos, seleções e vestibulares deveriam apresentar, se não todas, mas um significativo número de questões subjetivas, afinal nada melhor do que a redação para avaliar o nível de conhecimento de mundo de uma pessoa.


Fonte : Diario de uma professorinha