A União Nacional dos Estudantes (UNE) quer que o Ministério da Educação (MEC) aplique uma segunda edição opcional do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, sem anular as provas aplicadas no último fim de semana. Essa é a solução que a entidade defende para que não haja prejuízo aos estudantes em função dos erros que ocorreram durante a avaliação.

O MEC quer reaplicar o Enem apenas para o grupo específico de estudantes afetados pela falta de parte do exame no caderno de provas. No entanto, a Justiça Federal no Ceará suspendeu o Enem e quer que todo o exame seja refeito porque um lote de 21 mil cadernos de prova amarelos apresentou defeito de montagem e não continha todas as 90 questões aplicadas no sábado (6).

A UNE criou uma central para receber reclamações de participantes e já contabiliza cerca de 850 contatos, via e-mail e ligações telefônicas. Além do erro nos cadernos amarelos, outro problema ocorreu na folha em que os estudantes marcam as respostas das questões, que estava com o cabeçalho das duas áreas trocado – ciências humanas e ciências da natureza. Apesar das questões de 1 a 90 seguirem uma ordem numérica, o erro pode ter induzido candidatos a marcar o gabarito de forma incorreta.

Além de queixas sobre esses dois principais problemas, a UNE também recebeu reclamações de participantes que se disseram afetados pela falta de preparo dos fiscais de prova em orientá-los, uso de materiais proibidos pelo edital – como celular e relógio – e tumultos causados durante a aplicação em função dos erros da prova. Por isso, a entidade é contra a anulação do exame para que a maioria possa ter acesso a sua nota, mas é favorável a uma segunda prova para todos os estudantes que se sentiram lesados.

“O exame não deve ser anulado já que mais de 3 milhões fizeram a prova sem problemas, em condições adequadas e têm direito a uma nota.

Fonte: Agência Brasil