Alberto Torregiani, filho adotivo do joalheiro Pierluigi Torregiani – morto em 16 de fevereiro de 1979, em Milão, em ataque do grupo Proletários Armados pelo Comunismo – é, ele próprio, vítima da violência dos guerrilheiros, informa o Estadão. Torregiani ficou paralítico ao ser atingido por disparos que visavam seu pai. O autor dos tiros, segundo a Justiça italiana, é Cesare Battisti. Em entrevista concedida ao Estado na sexta-feira, o militante definiu como ‘uma vergonha’ a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder refúgio a Battisti, no último dia de seu governo. Ele diz ter esperança de que a presidente Dilma Rousseff interfira no caso, em favor das famílias das vítimas.

”Durante a campanha, ela afirmou que, se fosse presidente, teria optado pela extradição. Minha esperança é de que a presidente seja coerente com a sua declaração”, disse Torregiani.