Ao comentar há pouco a demissão de Nelson Jobim do Ministério da Defesa, a presidente Dilma Rousseff se confundiu e disse reconhecer “o grande trabalho que ele deu ao País”. Em entrevista a rádios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), cidades separadas pelo Rio São Francisco, Dilma afirmou que o episódio é página virada. “Infelizmente, esgotamos uma etapa. Viramos uma página”.

A presidente falou que Celso Amorim dará continuidade a um trabalho na área da Defesa e acrescentará um “reforço especial”. “Acho que esse assunto é muito fácil de ser entendido pela população. O ministro Celso Amorim assume o ministério da Defesa porque já deu mostras de que é um brasileiro muito dedicado ao Brasil”.

Dilma fez referências ao período em que Amorim exerceu o cargo de ministro de Relações Exteriores (2003-2010). “Ele é responsável por uma política externa independente e colocou o Brasil no mesmo patamar de qualquer país”, disse. “O ministro Celso Amorim tem todas as condições de ser um ministro da Defesa e, por isso, o indiquei”.

A presidente também se comprometeu a tirar do papel o projeto de uma hidrovia no Rio São Francisco, tornando navegável o trecho entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), no limite com Petrolina (PE).  “Vamos investir R$ 150 milhões para que este trecho seja completamente navegável. Com isso vamos dar uma nova chance à população ribeirinha”, afirmou. Ela ainda prometeu outras duas hidrovias: a do Mercosul e a Paraná-Tietê.

Ainda na seara das promessas, Dilma garantiu 750 mil cisternas até o final do próximo ano. “Serão cerca de 350 mil cisternas este ano e o resto no ano que vem. Esse é um programa para a população extremamente pobre”, explicou.

Por volta das 19h30, a presidente voltou de helicóptero para Petrolina, onde embarcou de volta para Brasília.

Fonte: Agência Estado