Atualmente, termos como “melhor idade” procuram associar a imagem do idoso à jovialidade, produtividade, esportividade, autoconfiança. Mas, para alguns profissionais da saúde, viver a velhice como uma segunda juventude estaria deixando de ser opção para se transformar em imposição.

O problema é que há sempre um momento em que a idade não pode mais ser ignorada. “Você pode modificar sua imagem, tirar as rugas, mas chega um ponto em que algo da passagem do tempo você vai ter de suportar.”

A ideia de que podemos moldar nossos corpos como quisermos está fazendo com que características como obesidade ou velhice passem a ser vistas quase como atos imorais.“É como se só fosse idoso ou obeso quem quer, quem não é responsável, quem não se cuida”, diz. Além de discriminados, esses “novos desviantes” terminariam frustrados por não serem capazes de atingir o ideal socialmente imposto.“O corpo é maleável, mas só até um certo limite. Vender um ideal de maleabilidade total pode ser muito tirânico para as pessoas que não conseguem atingi-lo.”

Hoje vivemos numa sociedade onde o velho é extremamente ridicularizado e também convivemos num país onde todos devem ser jovens.O desrespeito ainda é grande.A mudança de comportamento deve acontecer, já que o BRASIL caminha para ser um país de idosos num futuro próximo.