Deu no blog do Jamildo :
A administração de Fernando de Noronha anunciou hoje o início de um mutirão para retirar da ilha cerca de 30 mil toneladas de lixo acumuladas em um passivo de alguns anos.“Os navios que a gente usava, antes da dragagem do porto, não davam conta da demanda”, explicou o administrador da ilha, Romeu Baptista.

Com a ajuda de dois quindastes, a carga começou a ser embarcada nesta quarta-feira. A expectativa da administração da ilha é que a operação seja concluida em um mês, com cerca de quatro viagens neste período. Uma balsa é utilizada na operação. O transporte será feito pela empresa Superpesa, do Rio de Janeiro, com a ajuda de um rebocador.

Qual a razão para se acumular tanto lixo, naquele paraíso tropical?O administrador da ilha, Romeu Baptista, explica que o calado do porto, antes da dragagem, impedia a aproximação de barcos maiores, ajudando na acumulação porque não seguia todo o material gerado.

Paulo Coelho, coordenador de Infra-Estrutura da Ilha de Fernando de Noronha, conta que o distrato com uma empresa de navegação que transportava o lixo também contribuiu para o acúmulo. “A questão está em juízo. Uma dia a empresa vai sofrer as consequências do distrato”, citou.

“Há também questões operacionais. Quando o barco de combustível está ancorado, ninguém pode chegar perto. Também isto ajuda a atrasar um pouco mais”.De acordo com a administração, atualmente, são produzidas cerca de 120 toneladas de lixo a cada mês, que são retirados da ilha com duas viagens.

Quando chegar ao Recife, a carga será destinada ao aterro sanitário da CTR Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. É um aterro controlado.

O coordenador de Infra-Estrutura da Ilha de Fernando de Noronha, Paulo Coelho, disse que o sonho da gestão Eduardo Campos, com um projeto já apresentado no final de 2011, será fazer a incineração do lixo produzido, na própria ilha. “Com um processo chamado gazeificação, vamos poder inciner todo o lixo e com emissão zero de poluentes. Não é fácil ter um espaço para um aterro e a distância do continente também complica a operação”, observa.