A greve dos trabalhadores do metrô e dos trens metropolitanos de São Paulo, que foi iniciada nesta quarta-feira para cobrar melhores condições salariais, provocou um grande caos no trânsito da maior cidade brasileira, além de muitos incidentes entre a polícia e os usuários revoltados. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a cidade registrava 249 quilômetros de engarrafamentos nesta manhã.

A grande confusão gerada e as manifestações de revolta por parte da população, que organizou bloqueios com pneus, pedras, restos de lixo e pedaços de madeira, impediram que os ônibus disponíveis pelo governo municipal pudessem suprir a ausência do metrô e dos trens.

Os sindicatos do Metrô e da Companhia de Trens Metropolitanos reivindicam um reajuste salarial de 5,13%, enquanto o oferecido é de apenas 1,5%. Segundo o governo regional, os promotores da greve de estão fazendo um “jogo político”, já que as eleições municipais serão realizadas em outubro.

A greve “é promovida por um grupelho radical com motivação político-eleitoral, prejudicando à população e descumprindo com a Justiça”, assinalou o governador Geraldo Alckmin, que ressaltou que os grevistas descumprem uma decisão da Justiça do Trabalho ao não manter a operação do Metrô em 100% de sua capacidade no horário de pico.

Segundo as autoridades municipais, que suspenderam o rodizio de carros nesta quarta, a paralisação de quatro das cinco linhas do metrô e de dois sistemas de trens metropolitanos afetaram 6 milhões de usuários diretamente.

Na estação Corinthians Itaquera houve confrontos entre um grupo de estudantes que apoia a greve e agentes da polícia. Apesar da situação de revolta por parte da população, apenas uma mulher foi detida, de acordo com as informações da Polícia Militar de São Paulo.

Informações da Agência EFE