Uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região por volta das 22h desta quarta-feira suspendeu a audiência que iria ouviu o contraventor Carlinhos Cachoeira e outros sete réus suspeitos de operar uma rede de jogos ilegal em Goiás. Os depoimentos estavam marcados para estas quinta e sexta-feira, em Goiânia.

A decisão do desembargador Fernando Tourinho Neto atende o pedido da advogada de defesa de Carlinhos, Dora Cavalcanti, que alegou que não houve tempo e condições de conversar reservadamente com o seu cliente. Também disse não ter recebido informações técnicas sobre as interceptações que constam no processo. A defesa criticou ainda o desmembramento do processo entre os réus presos e em liberdade, afirmando que isso prejudica o conhecimento das provas e depoimentos colhidos nos dois lados.

Apesar de o pedido ser apenas para Cachoeira, a liminar atingiu a todas as 15 testemunhas, sendo quatro de acusação e 11 de defesa, e os oito réus que iriam depor na 11ª Vara da Justiça Federal – Seção Judiciária de Goiás.

Para o desembargador, o processo não pode continuar enquanto as companhias telefônicas não fornecerem dados complementares e enquanto não houver pelo menos quatro horas de conversa privada entre Cachoeira e seus advogados, sem a supervisão de agentes da Polícia Federal.

A Polícia Federal havia montado um esquema especial de segurança, inclusive com interdição de ruas e restrição ao prédio. O depoimento de Carlinhos Cachoeira estava marcado para a sexta-feira. Ele viria do presídio da Papuda, em Brasília, onde se encontra desde que foi preso.

Fonte: Terra