Eduardo Campos sai da campanha de 2012 como estrela de primeira grandeza na política nacional, com força para influenciar e participar já da campanha de 2014. Tem várias alternativas, mas cada vez fica mais longe a possibilidade de ser candidato a senador e a deputado federal, onde diminuiria a projeção que ganhou agora.Eduardo tem tudo para estar em uma chapa presidencial.

Mas qual? O governador de Pernambuco está num jogo de morde e assopra com Dilma Roussef. Já disse algumas vezes que apoia sua reeleição, mas tem feito algumas críticas sobre o tratamento que algumas regiões do Nordeste tem recebido do Palácio do Planalto. Entrou em choque com o PT Pernambucano, e não tem sido visto com bons olhos pela executiva nacional da Estrela Vermelha.

Eduardo Campos tem se aproximado cada vez mais de Aécio Neves, fizeram dobradinha em Belo Horizonte, contra o candidato petista, mas o ex-governador mineiro tem se mostrado um chá de chuchu (aliás, apelido parecido, picolé de chuchu, pegou em seu colega de partido, Geraldo Alckmin, numa disputa presidencial). Aécio não fede nem cheira, não aparece, não entra em bola dividida, não comanda, enfim… Está ficando anos-luz atrás do próprio Eduardo Campos, que neste momento tem mais presença e atitude política.

Eduardo pode ser vice de um dos dois, mas ele sabe que se for de Aécio, e perder a eleição, vai dar um passo gigantesco para trás. Mudaria de lado, indo para a oposição ao governo do PT federal e poderia ser visto como um político de centro ou aliado com a direita nacional.

Para ser vice de Dilma, o espaço já está preenchido pelo PMDB, que muito dificilmente cederia a vaga, mas, tem outra situação, aliás, um questionamento, o próprio PT deixaria?

Eduardo Campos vice de Dilma se torna o candidato natural e praticamente imbatível em 2018, exceto se mais cedo ou mais tarde Lula quiser voltar a presidência. O PT não pretende deixar outro partido, e entenda-se aí também Eduardo Campos, governar o Brasil nos próximos anos. Aceita todo e qualquer partido que queira se aliar, junta-se com Maluf mas critica FHC, numa contradição político-histórica.

Ainda tem os traumas desta eleição no Recife que ainda precisarão ser superados. O PT caminha para a oposição a Eduardo Campos, depois de ser tratado como adversário.

E por fim, a outra alternativa, Eduardo pode ser candidato a presidente. Ganhando, governa o Brasil, perdendo, ganha uma projeção que o coloca como favorito para 2018, quando Dilma estaria deixando a presidência.

O PSB cresceu, e já não é apenas um partido aliado, ele quer ser protagonista. O PT já sabe disso, e o PSDB de Aécio Neves parece que ainda não enxergou o futuro, aliás, alguém precisa avisar o Aécio que a campanha para presidente já começou, e Eduardo, este sim, está ocupando espaços importantes.