Ao buscar uma recomposição com o PR e o PDT, partidos com os quais teve a relação institucional abalada após mudar comandos de ministérios alvos de corrupção, a presidente Dilma Rousseff segue a agenda e as orientações do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Lula articula a manutenção das duas siglas na base de sustentação de Dilma com o objetivo de garantir a vitória do PT em 2014 sem percalços. Ontem a presidente recebeu no Palácio do Planalto o presidente nacional do PDT e ex-ministro Carlos Lupi.

O encontro ocorreu um dia após Dilma receber, também no Planalto, o presidente nacional do PR, o ex-ministro Alfredo Nascimento. Partiu de Lula a sugestão para que Dilma recebesse os dois. Na avaliação do ex-presidente, ambos estariam “chateados” e mereciam um gesto de “carinho” da presidente. Nascimento e Lupi deixaram, respectivamente, os Ministérios dos Transportes e do Trabalho, em 2011, após denúncias de corrupção nas pastas.

Lula ponderou que o PR e o PDT são aliados do tucano Aécio Neves em Minas Gerais. Aécio já foi lançado como pré-candidato a presidente durante encontro do PSDB. Há uma pressão para que assuma a presidência do partido. O atual presidente, deputado Sérgio Guerra(PE), cobra quase todos os dias que o senador mineiro assuma sua condição de pré-candidato. O petista teme também que as duas siglas também se aproximem do PSB, comandado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, outro com pretensões de disputar a Presidência. (Estadão)