• Dez por cento dos deputados federais trocaram de partido nas últimas duas semanas motivados pela disputa eleitoral do ano que vem. Segundo registros da Câmara, dos 513 deputados, 52 mudaram de legenda. Este sábado, 5 de outubro, foi o último dia de prazo para filiação de quem pretende concorrer na eleição de 2014 – a legislação estabelece que, para disputar, um candidato tem de estar filiado ao partido pelo menos um ano antes do pleito. A eleição de 2014 escolherá presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
  • A semana começa com as atenções voltadas para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), que julgará o pedido de liminar da prefeita de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), para retornar ao cargo. O pedido de suspensão da cassação de mandato tem como relator o juiz federal Eduardo Guimarães, que evitou julgar a concessão de liminar, transferindo a decisão para o plenário. O relator deverá apresentar o seu voto na sessão da próxima terça-feira (8). São sete votos para definir o futuro da prefeita de Mossoró. Cláudia Regina foi afastada por decisão da juíza Ana Clarisse, da 34a Zona Eleitoral. Ele julgou procedente ação impetrada pela candidata derrotada nas eleições de 2012, deputada Larissa Rosado (PSB), por conduta vedada.
  • A ida da ex-ministra Marina Silva para o PSB de Eduardo Campos surpreendeu a presidente Dilma Rousseff, a ponto de levá-la a ficar atenta ao noticiário para saber se era aquilo mesmo que estava acontecendo. A presidente e seus principais assessores na pré-campanha trabalhavam com a certeza de que a ex-ministra se abrigaria em um partido, viabilizando a candidatura. A principal aposta da presidente para o futuro de Marina, no entanto, era o PPS. Dependendo da reação do eleitorado nas futuras pesquisas de intenção de voto, a presidente poderá mudar ainda mais a sua imagem e adotar uma feição mais popular. A um ano das eleições, a ideia é fazer uma ou duas viagens por semana para “bater bumbo” sobre programas do governo, principalmente aqueles voltados para os mais carentes. Pesquisas qualitativas, que servem de termômetro para medir o humor dos eleitores, mostraram ao governo que a ex-ministra começou a ser apontada como “mulher do povo”, “humilde” e “gente como a gente”. Além disso, ela fez das redes sociais o seu maior ativo, ganhando também adesões na classe média alta.(Estadão)
  • Especialistas afirmam que a dobradinha Marina-Eduardo praticamente acaba com as chances de a presidente Dilma Rousseff ser reeleita em primeiro turno e deixará a disputa acirrada. Para o cientista político Paulo Kramer, a decisão de Marina pegou todos de surpresa. “Nem ela (a Dilma), nem os outros esperavam uma resposta tão eficaz. Marina se aliou ao partido de um candidato em ascensão e leva mais votos, porque os dois são convergentes”. O cientista político João Paulo Peixoto concorda que a ação fragiliza Dilma. “Os dois juntos são uma força considerável.” Já para o presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), a tendência, segundo Pinheiro, será fortalecer a oposição para conseguir se sobrepor. “Aécio terá de apresentar propostas que fujam do viés centro esquerda se não ele não consegue se diferenciar”, diz. (Do Correio Braziliense)
  • Atual secretário da Saúde do governo de seu irmão Cid Gomes no Ceará, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou no sábado, 5, que Marina Silva e Eduardo Campos, agora aliados de PSB na disputa pela Presidência em 2014, são “dois zeros”. “Eles não têm proposta para o Brasil. São dois zeros. O Brasil precisa de reflexão. Propostas. O debate que está aí é alienado. Exceto a Dilma (Rousseff), quais dos pré-candidatos têm propostas? O que a Marina entende de economia? O Brasil tem jeito e para cada desafio tem quatro soluções, mas os candidatos não têm essas soluções. Não têm plano”, afirmou Ciro, que até a semana passada integrava o PSB do governador de Pernambuco. Agora, ele está filiado ao recém-criado PROS. Ciro defende a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Ele é um dos cotados para ajudar na coordenação da campanha da petista no Nordeste. Líder do PT na Câmara, o deputado cearense José Nobre Guimarães comentou no Twitter a aliança entre Marina e Campos. “Quem deve estar muito preocupado com essa aliança é o PSDB. Ficou o tempo todo dando corda para a ex-senadora. #Dilma firme e forte”, escreveu o petista. Na avaliação do partido da presidente, quem mais sai abalado com a aliança entre Marina e Campos é o senador Aécio Neves (PSDB), cujo projeto presidencial com discurso opositor terá uma forte concorrência agora.