Dos aproximadamente 5,6 mil municípios brasileiros, 233 não têm dependências bancárias, segundo dados do Banco Central. Isso significa que, além de bancos, as cidades também não têm lotéricas, caixas eletrônicos ou postos de atendimento. Isoladas, são obrigadas a recorrer a internet ou a cidades vizinhas.

De acordo com o relatório de dezembro do BC, 1.900 municípios do país não têm agências bancárias, mas podem contar com outros tipos de serviço, como os já citados. Entre 2012 e 2013, apenas 19 cidades que não tinham o serviço ganharam agências.

Proporcionalmente, a pior situação é no Piauí, em que 68 dos 224 municípios – ou 30,4% – não têm nenhum serviço bancário. Depois, aparecem Tocantins (22,3%), Paraíba (21,1%) e Rio Grande do Norte (21%).

O Nordeste é a região que apresenta o maior número de cidades com a falta de serviços bancários (9,1% dos 1.794 municípios), seguido pelo Norte (7,6%). As outras regiões têm valores mais baixos do que a média nacional (4,2%), sendo que a menor é a do Sul (0,2%).

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “as instituições financeiras estão constantemente preocupadas em aprimorar seus canais de atendimento ao cliente e também em aumentar a capila­ridade dos pontos físicos”.

O órgão afirma que o número de agências e postos de atendimento bancário (PABs) – dependências instaladas no interior de entidades de administração pública ou empresas privadas – e eletrônico tiveram uma expansão de 2,6% no país entre 2008 e 2012.

A Febraban ainda ressalta que, no período, os maiores esforços de penetração dos serviços foram feitos no Norte e no Nordeste, com crescimento de 9,2% e 6,8%, respectivamente. No Sul e Sudeste, que reúnem 72% do total de agências, o crescimento de 3,4% e 3,1% ao ano, segundo a entidade. (G1)