Os negócios de pequeno porte são responsáveis por pagar, anualmente, um total de R$ 82 milhões a trabalhadores com carteira assinada em cidades do interior do Rio Grande do Norte. Essa é a terceira melhor massa salarial entre os estados do Nordeste, ficando atrás apenas que é pago pelo segmento na Bahia (R$ 282 milhões) e em Pernambuco (R$ 168 milhões). As micro e pequenas empresas também empregam 86 mil pessoas fora da capital potiguar e região metropolitana.

Os dados fazem parte do estudo ‘Dossiê do interior do Brasil: Dimensionamento, Características e Oportunidades’, elaborado pelo Sebrae, instituto Data Popular e Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A proposta do documento é, através de através do levantamento e interpretação de dados disponíveis sobre o Interior do Brasil, ampliar o conhecimento sobre esse recorte do território brasileiro, subsidiando novas estratégias e ações para esses municípios e a população.

De acordo com o levantamento, os pequenos negócios no interior do Brasil comportam 38% dos empregados regulares, percentual mais elevado que nas capitais e regiões metropolitanas, onde as empresas de pequeno porte só absorvem 32% dos trabalhadores.

No Nordeste, a massa salarial total representa 13% do montante do Brasil, somando R$ 3 bilhões, enquanto no estado são R$ 306 milhões pagos aos trabalhadores formais a cada ano. As cidades com população entre 50 mil e 200 mil habitantes são as que mais geram massa salarial e essa faixa representa 36% dos municípios brasileiros.

Quanto às empresas, existem 47 mil empresas do interior norte-rio-grandense optantes do Simples Nacional, o sistema simplificado de arrecadação de tributos. São 20 mil Microempreendedores Individuais (MEI) do RN na área pesquisada.

Além dos salários, o dossiê trata de uma série de informações sobre consumo, renda, beneficiários de programas sociais e gastos das famílias que moram em municípios do interior a partir de pesquisas e estudos conduzidos pelo Data Popular sobre a população brasileira, levantamentos do Sebrae e da CNM sobre o perfil dos municípios brasileiros e também as pesquisas oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), como o Censo Demográfico e a Pesquisa de Orçamentos Familiares.