• Dois números começam a circular em Brasília, levantando a curiosidade de muitos e o desespero de poucos. São 28 e 11. No caso, 28 deputados e 11 senadores que fizeram parte da delação premiada de Paulo Roberto Costa e Alexandre Youssef, acusados de participação na lambança da Petrobras. Seus nomes estão há alguns dias na posse do ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal. Quando se iniciar o processo contra eles, a partir de denúncia do Procurador Geral da República, não haverá como evitar sua divulgação. Claro que vão negar, argumentando perseguições políticas, mas pesará na equação o fator obvio de que os dois bandidos presos pela Polícia Federal jamais correriam o risco de mentir em seus depoimentos destinados a reduzir-lhes as penas. Podem ser tudo, menos bobos. Junto com os parlamentares implicados na roubalheira estão funcionários públicos, altos e baixos, além de uma tantas empreiteiras já conhecidas, cujos proprietários e executivos responderão pelos crimes praticados. Em suma, um julgamento para ninguém botar defeito, caso não surjam na mais alta corte nacional de justiça empecilhos processuais e jurídicos daqueles que frustrariam a opinião pública e transformariam as instituições em frangalhos.
  • Quase 1,4 milhão de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ainda não fizeram sua prova de vida e renovação de senha, procedimento necessário para evitar que o pagamento do benefício seja suspenso. O prazo para fazer a prova de vida e a nova senha expira em 31 de dezembro. A prova de vida e renovação da senha devem ser feitas no banco em que o segurado recebe o benefício. Elas são realizadas mediante a apresentação de um documento oficial com foto na agência em que o beneficiário recebe os recursos do INSS.
  • Depois de uma breve temporada recluso na fazenda de sua família em Cláudio, no interior de Minas Gerais, o senador Aécio Neves, candidato derrotado do PSDB ao Palácio do Planalto e presidente nacional da sigla, desembarca nesta terça-feira em Brasília com uma agenda preparada para apresentá-lo como líder e porta-voz da oposição à presidente reeleita Dilma Rousseff. O tucano planeja fazer entre hoje e amanhã um pronunciamento incisivo no Senado no qual, segundo seus aliados, criticará o governo, sem mencionar uma conciliação nacional. Na manhã de quarta-feira, Aécio tentará transformar a primeira reunião da direção executiva do PSDB depois da eleição em uma demonstração de força e unidade partidária em torno de seu nome.
  • O PPS vai reunir sua executiva nacional hoje, para discutir a proposta de uma fusão. A legenda já tem conversas em andamento com o PSB, mas as negociações esfriaram um pouco desde o começo da corrida eleitoral. A expectativa do PPS é tirar uma posição favorável à fusão na reunião, para recolocar o assunto na pauta. A informação é de Clarissa Oliveira, blog Poder Online. Sobre o assunto também informa Lauro Jardim, na Veja Online: ”O projeto de fusão do DEM com o PSDB, por ora, não sairá do papel. Se Aécio Neves tivesse sido eleito, a história seria outra. É o que garante Rodrigo Maia: ”Formaremos um bloco possivelmente, mas não há mais sentido em falar de fusão.” .
  • Apesar de ter negado, em nota oficial, que votou no senador Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno da eleição presidencial, o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) justificou o seu voto: “Foi um voto de gratidão ao Tancredo”, disse o senador, conforme a coluna Radar Online, em referência a Tancredo Neves, avô do ex-presidenciável tucano. Em 1985, com a redemocratização, Tancredo foi eleito presidente da República, mas, segundo relatos históricos, teria adoecido gravemente, e foi sucedido por José Sarney. O perito Ricardo Molina, a pedido do portal iG, havia confirmado que as imagens da votação são autênticas. “Não é possível discernir os números, mas é possível verificar que o dedo está na altura do 45 e que a gravação é a mesma da ampliação”, disse o perito.
  • Os candidatos que concorreram no primeiro turno das eleições devem prestar as contas de campanha até hoje aos tribunais regionais eleitorais. Além dos candidatos, os diretórios regionais dos partidos e os comitês financeiros das campanhas são obrigados pela Justiça Eleitoral a enviar os dados financeiros sobre despesas e receitas. Os políticos que renunciaram, desistiram de concorrer ou que foram barrados pela Justiça Eleitoral devem entregar os dados referentes ao período em que participaram da disputa. Mesmo sem movimentações financeiras, a prestação de contas é obrigatória. De acordo com a Lei Eleitoral, o candidato que não presta contas fica impedido de ser diplomado. A punição para os partidos é a suspensão dos repasses do Fundo Partidário. Se os dados apresentados forem desaprovados pelos tribunais eleitorais, o candidato poderá ser processado pelo Ministério Público por abuso de poder econômico.