A indústria brasileira segue apresentando resultados negativos neste ano. A atividade fabril registrou queda de 8,9% em julho em comparação com igual mês do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Trata-se do recuo mais acentuado desde 2009, quando o setor sentia os efeitos da crise global de 2008. Este também é o décimo sétimo mês seguido que a produção fecha no vermelho na comparação anual – a última vez que teve crescimento foi em fevereiro de 2014 (4,8%).

Na passagem de junho para julho, a produção industrial encolheu 1,5%, sendo o segundo mês seguido de queda. Esta é a maior queda desde dezembro de 2014, quando registrou perdas de 1,8%.

O recuo foi maior do que o esperado por analistas consultados pela agência Reuters, que previam baixas de 0,1% na variação mensal e de 6,2% na anual.

Com queda na produção, as empresas têm se ajustado à nova realidade, eliminando vagas de trabalho e colocando funcionários em férias forçadas ou lay off (suspensão temporária dos contratos de trabalho).Na comparação mensal, o IBGE verificou que houve redução na atividade industrial em catorze dos 24 ramos pesquisados, com destaque para fábricas de produtos alimentícios (-6,2%), de bebidas (-6,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%) e de indústrias extrativas (-1,5%).