A presidente Dilma Rousseff (PT) foi recebida com vaias na chegada à Esplanada dos Ministérios para o desfile do Sete de Setembro, nesta segunda. A mandatária percorreu o trajeto em carro aberto e, das arquibancadas, ouvia apupos e palavras de ordem, como “Fora, Dilma”.

Grupos contrários ao governo também organizaram ato no local. O boneco “Lula inflado”, também conhecido como “Pixuleco”, ganhou a companhia da “Pixuleca”, balão com a imagem da presidente Dilma Rousseff. Réplicas do boneco do ex-presidente Lula vestido de presidiários também serão comercializadas durante o protesto.

O forte esquema de segurança livrou a presidente Dilma Rousseff de encarar os manifestantes durante o desfile oficial de 7 de Setembro nesta segunda-feira. Mas a Esplanada dos Ministérios se tornou palco de protestos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores assim que as comemorações oficiais foram encerradas. Na sequência, o ato seguiu para o Congresso Nacional, onde terminou por volta das 14 horas. Ao fim do desfile, manifestantes chegaram a quebrar boa parte das grades e do muro que cercavam as comemorações oficiais no Dia da Independência. Com o Palácio Planalto diretamente arrastado para o centro da Operação Lava Jato, Dilma assistiu ao desfile calada – e se pronunciou apenas por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais.

As cidades de São Paulo e Aparecida devem receber hoje a maior concentração de manifestantes do Grito dos Excluídos – cerca de 10 000 pessoas. A 21.ª edição do evento, organizada pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por movimentos sociais, terá atos em pelo menos 25 Estados.

Em São Paulo, manifestantes vão sair da Avenida Paulista e seguirão, em marcha, até o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera. O ato vai defender o mandato de Dilma e a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de mudanças na política econômica. (Veja)