VEJA teve acesso ao documento do partido do vice-presidente Michel Temer, que será apresentado na próxima semana e fala sobre suas metas sociais

O programa, em seu início, anuncia: “O primeiro dever do governante é falar sempre a verdade. E reconhecer e compreender os problemas com que têm de lidar.”

O documento então traça os principais compromissos que Temer terá com a população. No que diz respeito à crise enfrentada pelo país, ele informa: “Estamos diante de dois círculos viciosos que precisam ser rompidos. O primeiro diz respeito ao crescimento econômico e ao equilíbrio fiscal.

O outro círculo vicioso é mais complexo, com três elementos: nível de atividade econômica, situação fiscal e políticas sociais. Fala ainda de “objetivos sagrados” a serem estabelecidos. A saber: “Preservar o bem-estar dos 40% mais pobres e, adicionalmente, elevar o padrão de vida dos 5% mais pobres – 10 milhões de pessoas – para as quais têm sido mais desafiador promover a inclusão social e produtiva.”

O documento assume compromisso explícito com a manutenção de programas que, segundo o PT, seriam descartados com a interdição de Dilma Rousseff, tais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec – que o PMDB descreve como “bem desenhados”, mas mal geridos ou tornados ineficazes pela crise econômica.

O programa dá atenção ainda à saúde. Diz que: “O Governo deve implantar um cartão de Saúde, pessoal e intransferível, atribuído a qualquer brasileiro desde o nascimento para o seu acesso à rede de saúde, com um conjunto de direitos e deveres definidos. A informação relacionada no cartão vai conter a história clínica da pessoa, com acesso restrito a ela e ao médico de família. Será o início de um grande choque de gestão no sistema”.