Quis o destino – sem considerar as manobras para torná-lo realidade – que os derrotados pela presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição de 2014 (DEM e PSDB), junto a aliados dela que pularam do barco petista, (em especial PMDB e PP), assumam o comando da País a partir de quinta-feira, 12. É o que se prevê depois da votação pelo plenário do Senado, nesta quarta, 11, do relatório que recomenda a admissibilidade do impeachment.

A sessão começa às 9 horas e, se uma reviravolta à la Waldir Maranhão não ocorrer até o fim da votação previsto para ocorrer entre 22hs e meia noite, o prognóstico é que ao menos 52 parlamentares votem “sim” ao impedimento, bem mais que o mínimo de 41 necessários a acatar o relatório e determinar o afastamento de Dilma por seis meses.

Vai se encerrar uma era de 13 anos do PT, marcada por avanços sociais e denúncias de corrupção envolvendo integrantes do governo petista, siglas aliadas e também adversárias. Michel Temer, o vice discreto, com larga experiência política e jurídica, formado no MDB de Ulysses Guimarães que transitou sem maiores conflitos nas últimas décadas e apoiando todos os presidentes após Fernando Collor, assumirá a presidência em meio à maior crise econômico-política das últimas décadas.

Minucioso,Michel Temer já planejou os detalhes do seu primeiro dia no exercício da Presidência. Vai requisitar uma edição extraordinária do Diário Oficial. Enviará à publicação o documento com a formalização da saída de Dilma e os atos de nomeação dos ministros já selecionados. (Agência de Notícias)