Por: Diário do Poder

A confiança do consumidor aumentou de maio para junho, segundo aponta pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador avançou 3,4 pontos, passando de 67,9 para 71,3 pontos. É o maior nível desde junho do ano passado.A FGV atribui a alta exclusivamente à melhora das expectativas dos consumidores, uma vez que os indicadores que medem a percepção sobre a situação atual ficaram estáveis no mês.

Em junho, o Índice de Expectativas (IE) chegou a avançar 6 pontos, atingindo 77,1 pontos, o maior desde os 81,7 de janeiro de 2015. Já o Índice da Situação Atual (ISA), ficou praticamente estável entre um mês e outro, ao fechar em ligeira queda de 0,8 ponto percentual, entre maio e junho, atingindo 64,7 pontos.

“Enquanto as primeiras [expectativas] avançam expressivamente pelo segundo mês consecutivo, a outra revisita o mínimo histórico. Considerando que a confiança do consumidor se mantém baixa em termos históricos, que a recuperação da economia deve ocorrer de forma lenta e que as famílias ainda se encontram muito comprometidas com endividamentos contraídos no passado, acredito que ainda veremos alguns trimestres de queda do consumo das famílias antes de retornarmos ao terreno positivo“, afirma a coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV, Viviane Bittencourt.

Houve alta da confiança em todas as quatro classes de renda pesquisadas. A melhora expressiva ocorreu entre os consumidores com renda familiar entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, em que o índice aumentou 4,2 pontos. Já em relação ao futuro, os consumidores tornaram-se menos pessimistas em relação à evolução das finanças familiares nos próximos seis meses, uma vez que o indicador que mede o grau de otimismo com a evolução da situação financeira familiar chegou a subir 6,2 pontos, de maio para junho, passando de 75,6 para 81,8 pontos, o maior desde os 87.6 pontos de janeiro de 2015. Entre maio e junho, a parcela de consumidores projetando melhora avançou de 25,8% para 29,6%; enquanto a dos que preveem piora recuou de 8,8% para 9%.