Morreu neste sábado o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, aos 93 anos. Ele estava em casa e sofreu uma parada cardíaca.

Nascido Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy, em Minas Gerais, em 5 de julho de 1923 (mas registrado apenas três anos depois, em 1926), Pitanguy era considerado o maior cirurgião plástico do país e um dos maiores do mundo. Ele era patrono da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro honorário da American Society of Plastic Surgery (AISAPS) e da Academia Brasileira de Letras (ABL). Nesta sexta-feira, no dia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o médico fez sua última aparição pública. Em uma cadeira de rodas, ele conduziu a tocha olímpica na Gávea, Zona Sul do Rio, bairro onde está localizada sua clínica.

Pitanguy é o autor de mais de 1.800 publicações, entre livros, capítulos de livros, prefácios, conferências e artigos científicos e trabalhou incansavelmente para tornar a profissão mais respeitada. Ele deixa a esposa Marilu, quatro filhos e cinco netos.

No seu currículo, consta meia Hollywood, nomes da nobreza como a ex-imperatriz do Irã, Farah Diba, a Duquesa de Windsor e até mesmo um índio da tribo Camaiurá. Reza a lenda que um espírito soprou ao pajé Sampai que ele deveria mexer no rosto. Parece que o índio gostou tanto do resultado que se sentiu voltando aos tempos em que era um garoto. “É verdade que o senhor operou o pajé Sampai?” Surpreso com a lembrança, ri muito e sai à francesa. “Se é o que ele diz…,” despista Pitanguy – nome que, em tupi-guarani, significa “rio das crianças”. (Por:Veja)