Por Andréia Sadi / G1

Integrantes da cúpula do PT, já temendo uma condenação em segunda instância do ex-presidente Lula, admitiram nesta quinta-feira (13) que o partido não tem outro candidato para 2018 e que o partido precisa discutir outros quadros para a eleição presidencial do ano que vem. Mas, para evitar dar discurso para a oposição neste momento e desmotivar a base do partido, a ordem dos dirigentes petistas é não falar publicamente em “plano B” para 2018. Petistas ouvidos pela reportagem afirmam que, além da expectativa em relação à condenação em segunda instância no caso triplex, já aguardam uma condenação contra Lula nas investigações que tangem o caso do sítio em Atibaia.

DIVISÃO ESTRATÉGICA – A campanha presidencial do PT em 2018, nas palavras de um dirigente, será dividida com a defesa de Lula, mesmo se o ex-presidente não for o candidato da legenda, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Sobre a busca do PT por alternativas para 2018, um aliado de Lula lembra que o partido teve dificuldades em achar um candidato dentro do partido em uma situação bem menos complexa do que uma eleição presidencial: a presidência do PT no mês passado.

Lula era o nome do partido para suceder Rui Falcão no comando do PT. Mas o ex-presidente decidiu não aceitar o posto, e o partido passou meses discutindo uma alternativa entre os principais quadros da legenda. Decidiram, após muita discussão e disputa interna, pela senadora Gleisi Hoffmann (PR).