Via O Globo

O presidente Michel Temer afirmou que o semipresidencialismo seria “extremamente útil”. Nesta segunda-feira, horas depois de o modelo ser defendido por Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Temer disse que tem conversado bastante sobre o tema e ainda é necessário decidir o melhor momento para implementá-lo.

No modelo defendido por Temer, o presidente continua sendo eleito para ser o chefe de Estado e exercer o “poder moderador”, enquanto o primeiro-ministro assume a função de chefe de governo.

“É uma coisa extremamente útil para o Brasil (o semipresidencialismo). Minha experiência tem revelado que seria útil. Tenho conversado muito com o ministro Gilmar, que hoje está no TSE, Rodrigo Maia, Eunício Oliveira, temos conversado muito sobre isso”, declarou Temer após almoço com o presidente paraguaio, Horácio Cartes, no Palácio do Itamaraty.

O peemedebista ponderou que não há consenso sobre uma data para implementar o modelo de governo. “Se vai dar certo ou não, não sabemos. Mas temos conversado sobre isso, uma das hipóteses muito úteis para o Brasil. Nós vamos alongar esses estudos para verificar qual é o melhor momento da sua aplicação e eficácia”, completou o presidente.

Horas antes, durante conferência sobre a reforma política, Gilmar Mendes defendeu “alguma coisa próxima ao semipresidencialismo”. Ele argumentou que isso poderia trazer uma “blindagem” ao Estado em relação a crises do governo. No último sábado, Mendes, Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reuniram-se em agenda secreta.