Falta de chuvas vai deixar conta de energia até 7% mais cara.

O tempo das bondades do governo federal na economia parece ter dias contados, pelo menos nas contas de luz dos brasileiros. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – órgão responsável pela coordenação e controle das operações de geração e transmissão de energia no Sistema Interligado Nacional – teve de rever para baixo as apostas no volume de chuvas esperadas para setembro.

Isso porque as precipitações na área das maiores hidrelétricas do país, o Sudeste, passaram a indicar 67% da média histórica, de acordo com as novas projeções do ONS divulgadas ontem, em lugar de 71% e 84%, respectivamente, nos relatórios das duas semanas anteriores.

Com o tempo desfavorável, será menor a quantidade de água disponível nos reservatórios das usinas para geração de energia, o que deve forçar o governo a lançar mão, de novo, das centrais termelétricas. Elas geram o insumo a custos maiores, encarecendo as tarifas ao consumidor, como já ocorreu no país entre 2012 e 2016. Além do Sudeste, as previsões do ONS para as chuvas deste mês caíram a 33% no Sul e 30% no Nordeste, ante expectativas de 43% e 32%, também respectivamente, em projeções feitas desde o fim de agosto.