Reportagem publicada hoje no jornal O Estado de São Paulo mostra que a cidade de Mossoró é a nona mais violenta do país para os jovens.

Em sete anos, 43 mil adolescentes devem ser vítimas de homicídio no País. Por dia, a média será de 16 assassinados (com idades de 12 a 18 anos) entre 2015 e 2021 se mantidos os atuais índices de violência. Homens, mostram as estatísticas, têm 13,5 mais risco de serem vítimas do que as mulheres. O perigo para os jovens negros é 2,8 vezes maior na comparação com os brancos.

Isso é o que revela um levantamento feito pelo Unicef, braço das Nações Unidas para a infância, Secretaria dos Direitos Humanos, o Observatório das Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A estimativa é baseada no Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que cruza dados oficiais e considera mortes de jovens por homicídio em 300 municípios com população acima de 100 mil habitantes.

Entre os estados, o Rio Grande do Norte ocupa o quinto lugar onde mais se mataram adolescentes. O índice é de 7,40 a cada grupo de mil jovens. Ceará (8,71), Alagoas (8,18) e Espírito Santo (7,79) são os Estados onde mais se matam adolescentes. Na outra ponta, com menos mortos, estão São Paulo (1,57), Roraima (1,40) e Santa Catarina (0,93).

O Nordeste é a que detém o IHA mais alto entre todas, de 6,5 adolescentes assassinados por grupo de mil, nos municípios com mais de 100 mil habitantes. O índice mais baixo entre as regiões é o do Sul, de 2,3. O Sudeste chega a 2,8, seguido pelo Norte, de 3,3, e pelo Centro-Oeste, de 3,9.

Fonte: Anna Ruth Dantas