O presidente Michel Temer avaliou nesta sexta-feira (22) o cenário para as eleições presidenciais de 2018. Ao lado de alguns de seus ministros, ele disse acreditar que os brasileiros esperam um candidato que tenha como base o que ele chamou de “política de resultados” e que consiga levar adiante as reformas estruturais do País que estão sendo defendidas por seu governo.

“O que as pessoas querem é uma política de resultados. O que as pessoas querem é alguém moderado, que saiba se opor às várias correntes políticas do País, alguém que não seja guiado pelo ódio. Os que se extremarem, eu tenho a impressão de que terão dificuldade”, disse Temer durante uma reunião realizada com jornalistas do Comitê de Imprensa do Palácio do Planalto, em Brasília.

O presidente voltou a afirmar que não tem pretensão de se lançar candidato nas eleições de 2018 e reconheceu que sua baixa popularidade entre os brasileiros poderá prejudicar um eventual nome do governo para a sucessão presidencial. “Essa questão da corrupção, etc., prejudicou muito o governo e prejudica muito a popularidade”, avaliou. Para o peemedebista, no entanto, todos os seus detratores foram deslegitimados.

“Em outras palavras, aqueles que nos acusaram ou estão presos ou estão desmoralizados”, disse. Uma pesquisa CNI/Ibope, divulgada na quarta-feira (20), indica que o governo tem 6% de aprovação, isto é, de brasileiros que o consideram bom ou ótimo. Para 74%, a gestão é ruim ou péssima. Ao ser questionado sobre a pesquisa, o presidente brincou com o índice.

“Quero dizer que nossa popularidade aumentou 100%. Foi de 3% para 6%”, disse Temer, que questionou a importância de popularidade. Segundo ele, seu governo está fazendo “o que o Brasil precisa”, sem se preocupar com resultados eleitorais. “Quando você procura o populismo, você se enjaula, porque você quer se reeleger e fica com medo de praticar certos atos indispensáveis para o Brasil”.

Agência Brasil