O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse, hoje, que não existe um “plano B” para o caso de a reforma da Previdência não ser aprovada na volta do recesso parlamentar. Ele confirmou que o governo considera o fim de fevereiro a data limite para votar o tema no Congresso.

“Março é pouco provável. O que se está trabalhando como meta de fato é este mês”, disse o ministro a jornalistas após participar de evento em São Paulo. “Não tem plano B. No momento a ideia é aprovar a reforma”. Meirelles foi na mesma direção que as recentes afirmações de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, que disse em entrevista à GloboNews que o limite para votar a reforma da Previdência é fevereiro.

Maia afirmou que, se a articulação com governadores resultar em cerca de 300 votos na semana do dia 20 de fevereiro, data marcada para a votação, a previdência vai a plenário. O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse também nesta quarta que a intenção do governo é ter a reforma da Previdência aprovada na Casa até o dia 28 de fevereiro.

O governo tenta aprovar a reforma da Previdência como tentativa de reordenar as contas públicas, e já chegou a recuar em alguns pontos do projeto original para tentar facilitar sua aprovação. A discussão da reforma no plenário da Câmara está marcada para começar no dia 19. Se aprovada na Casa, a proposta vai para o Senado. Por isso, o governo corre contra o tempo a fim de conquistar os votos que faltam. Para ser aprovado, o texto da reforma precisa dos votos de 308 dos 523 deputados e de 49 dos 81 senadores.