Por Estadão

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge requereu, na tarde deste sábado, 31, ao ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo a revogação das prisões temporárias de empresários e também de amigos do presidente Michel Temer (MDB) na Operação Skala. A investigação apura o Decreto dos Portos e supostos benefícios à empresa Rodrimar na edição da medida voltada ao setor portuário.

Foram presos o empresário e advogado José Yunes, o presidente da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, o ex-ministro de Agricultura Wagner Rossi e o coronel da PM reserva João Batista de Lima Filho, o coronel Lima. Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi, e uma mulher ligada ao Grupo Libra também foram capturados.

MISSÃO CUMPRIDA? – As informações foram divulgadas pela Procuradoria-Geral da República. Como justificativa para o pedido, a procuradora-geral explica que as medidas cumpriram o objetivo legal.

Raquel Dodge apontou que foram cumpridas, na quinta-feira, 29, as medidas de busca e apreensão de prisões autorizadas pelo ministro, relator do inquérito, com exceção de três pessoas que não tiveram os mandados de prisão executados por estarem no exterior, “mas dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”.

Nos últimos dois dias, procuradores que atuam na Secretaria da Função Penal Originária no Supremo Tribunal Federal (STF) acompanharam os depoimentos de investigados que foram alvo da operação. De acordo com a determinação do ministro Roberto Barroso, o prazo das prisões terminaria na segunda-feira, 2. O inquérito dos portos foi instaurado em setembro de 2017, a partir de revelações e provas colhidas em acordos de colaboração premiada.