Via César Santos / De fato

A edição 2018 do Mossoró Cidade Junina começou mal e terminou bem. O desgaste com atraso na instalação da estrutura e o desabamento de parte de camarote privado, na primeira noite, foi atenuado por pontos positivos como a nova roupagem do espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró e a qualidade de shows na Estação das Artes, com destaque para o de Alceu Valença.

Passe a régua. Agora, é o momento de discutir o MCJ. E duas perguntas exigem respostas imediatas:

1 – A cidade quer ou não quer o evento?

2 – Qual é a proposta para o São João de Mossoró?

A resposta para a primeira pergunta está na ponta do lápis. Se quer o Cidade Junina forte, que tenha orçamento para bancar o alto custo. Um evento dessa natureza não é barato. É um investimento alto.

Portanto, o gestor público tem que perguntar direto à população: “Vocês querem o evento? Se querem, tenha a consciência de que o custo é alto.” Não adianta contar moedas. Atrações são caras, estrutura é cara, evento é caro.

Aliás, é um absurdo a Secretaria Municipal de Cultura ter menos de 30 servidores para organizar um evento do tamanho do MCJ, além de cuidar de outros eventos importantes como a Festa da Liberdade, por exemplo.

A resposta para a segunda pergunta foi dada pela prefeita Rosalba Ciarlini (PP) neste ano, ao afirmar que o Cidade Junina se tornaria o São João mais cultural do País. Ótimo, afinal, Mossoró não tem condições de disputar o título de maior do País.

Ser o mais cultural é uma grande sacada. No entanto, precisa colocar em prática. Não vimos neste ano. Pelo contrário. O Cidade Junina perdeu expressões importantes, uma vez que projetos culturais deixaram de existir.

Veja o que o MCJ tinha e deixou de ter em 2018:

1 – Praça de Eventos;

2 – Festival de Bonecos e Mamulengos – Botando Boneco;

3 – Fórmula Jegue;

4 – Brinquedo e Brincadeiras Populares;

5 – Festa da Colheita;

6 – Tapera Cor;

7 – Burro Táxi;

8 – Concurso de Maquete Junina;

9 – Festival de Humor – Sorrindo no São João;

10 – Circo do Forró;

11 – Seminário do Cangaço;

12 – Festival Canta Sanfona;

13 – Memorial Jazz;

14 – Feira de Artesanato;

15 – Feira de Comidas Típicas.

Portanto, se a cidade quer ter um São João entre os maiores do País, assumindo a identidade de multicultural, que o faça de forma correta. E que tal começar a pensa nisso a partir de agora?

Não vale deixar para última hora, como aconteceu este ano. Os imprevistos não perdoam.

Do blog :  Estamos na torcida que a próxima edição em 2019, realmente tenhamos esses projetos de volta e com o sucesso de sempre. Mossoró merece ! Vamos esperar…2019 chega logo.