Por Flávio José Bortolotto

Quanto ao maior desafio brasileiro, a crescente dívida pública, da qual depende a solução de praticamente todos os problemas nacionais, os principais candidatos à Presidência se posicionaram da seguinte maneira, através de seus consultores econômicos:

FERNANDO HADDAD – Econ. Márcio Pochmann
1 Contra o Teto de Gastos Federais
2 Contra a Regra de Ouro na emissão de moeda
3 Para combater as principais despesas (Juros/Amortização, Previdência, Folha Pagamentos), quer usar 1/3 das reservas do Banco Central para ativar a economia, principalmente através de obras de infraestrutura, e com maior crescimento do PIB extrair recursos para a dívida.

JAIR BOLSONARO Economista Paulo Guedes
1 A favor do Teto de Gastos
2 A favor da Regra de Ouro
3 Reduzir a dívida pública privatizando (vendendo) de empresas estatais e imóveis federais, para arrecadar R$ 800 bilhões, e quer renegociando o perfil do resto da dívida pública. Na Previdência, a favor da reforma dialogada começando pelo funcionalismo público que entraram antes de 2003, os que tem direitos adquiridos. Na Previdência fazer transição para sistema de capitalização.

MARINA SILVA – Economista Eduardo Gianetti
1 A favor Teto de Gastos
2 A favor da Regra de Ouro
3 A favor da renegociação da dívida e das reformas da Previdência e Trabalhista com diálogo.

GERALDO ALCKMIN Economista Pérsio Árida
1 A favor do Teto de Gastos
2 A favor da Regra de Ouro
3 Zerar o déficit primário em dois anos, reativar a economia via atração de capitais do exterior, mais abertura da economia ao exterior, e com recursos do crescimento econômico e reformas, atacar as três maiores despesas (Juros/Amortização, Previdência e Folha de Pagamentos).

CIRO GOMES Economista Mauro Benevides Filho
1 Contra o Teto de Gastos
2 Contra a Regra de Ouro
3 A favor de reindustrializar o Brasil, o que é fundamental. Usar US$ 100 bilhões das Reservas do BC para pagar 12% da dívida pública, renegociar o restante alongando bastante o perfil, que hoje é de curtíssimos 5 anos. A favor da Reforma da Previdência partindo para um regime de capitalização.

HENRIQUE MEIRELLES – ex-ministro da Fazenda
1 Criador e a favor do Teto de Gastos
2 criador da favor da Regra de Ouro
3 Zerar o déficit primário em dois anos, fazer a economia crescer a uma taxa média de 4% ao ano, criando 2 milhões de empregos/ano. Recuperada a confiança com os recursos do crescimento e reformas, fazer frente às três grandes despesas públicas (Juros/Amortização, Folha de Pagamentos e Previdência). É o candidato com mais experiência, e tirou na prática o Brasil da recessão.

ORÇAMENTO – É dentro dessas principais opções que escolheremos o próximo presidente, que encontrará um Orçamento Federal 2019, votado pelo Congresso, que simplificado assim se resume:
Arrecadação Federal, R$ 1.400 bilhões; Déficit Nominal com Dívida Pública, R$ 490 bilhões; e Déficit Primário, R$ 139 bilhões.

As três maiores Despesas do Orçamento são:
Juros/Amortização da Dívida Pública, R$ 351 bilhões; Folha de pagamentos federal, R$ 322 bilhões; Previdência/Assistência Social, R$ 289 bilhões.

O presidente eleito terá que atuar principalmente sobre essas três maiores despesas, submetido às seguintes regras limitantes: Lei de Teto de Gastos Federais; Regra de Ouro (“Não se pode emitir dívida pública para pagar gastos de custeio, principalmente folha de pagamentos”); e Redução de 5% do tamanho do Estado federal.

Pense nisso, antes de escolher seu candidato à Presidência.