Palestra sobre câncer infantojuvenil orienta educadores da rede estadual

 

O diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil será tema de palestra realizada amanhã, às 8h, no auditório da 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (12ª DIREC). A palestra, promovida pela Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR), será voltada aos coordenadores pedagógicos das escolas estaduais da região.

O tema, que já é trabalhado pela Associação ao longo do ano, ganha destaque durante o Setembro Dourado, quando, nacionalmente, a atenção se volta ao câncer infantojuvenil, cujas chances de cura aumentam com o diagnóstico precoce.

Como esclarece a onco-hematologista infantojuvenil, Edvis Serafim, a cura depende do estágio da doença e quanto mais cedo ela for diagnosticada, mais chances, podendo superar os 70%.

Pais e responsáveis devem ficar atentos, pois os sinais de alerta da doença podem ser confundidos com problemas de saúde frequentes em crianças.  “Os sintomas e sinais do câncer infantil são parecidos com outros sintomas comuns da infância. Anemia, manchas roxas, dor óssea, vômitos matinais, dor de cabeça, febre de origem desconhecida, adenomegalias ou caroços no pescoço”, informa a médica, explicando que esses sintomas podem estar associados, dependendo de cada tipo de câncer.

Os tipos mais comuns da doença em crianças e adolescentes, segundo Edvis Serafim, são leucemia, linfoma e tumor cerebral e o tratamento varia. “O tratamento é feito com quimioterapia, radioterapia, cirurgia, transplantes, dependendo de cada tipo de câncer”, afirma a onco-hematologista.

Edvis Serafim explica ainda que, além de restabelecer a saúde dos pacientes, o objetivo é fazer com que as crianças e adolescentes tenham uma rotina normal após o tratamento. “Hoje curamos as crianças e adolescentes e nossa grande meta é manter a qualidade de vida, sem sequelas”, complementa a médica.

 

Pedagogia Hospitalar

Além da palestra sobre Diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, a programação contará com a presença das pedagogas Hemaúse Emanuele e Juliana Torres, responsáveis pelo projeto Pedagogia Hospitalar. Trata-se de uma iniciativa da AAPCMR em funcionamento na Pediatria da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). Por meio do projeto, crianças e adolescentes em tratamento contam com o auxílio de duas pedagogas, cedidas pelo Estado do RN, que ajudam na assimilação do conteúdo escolar, uma vez que muitos pacientes infantojuvenis se afastam de suas atividades em razão da luta contra o câncer.

Fonte: Assessoria