Por Francisco Vieira

Chega a ser uma piada alguém querer comparar o “nosso” Supremo com as “Supremas Cortes” dos Estados Unidos, do Canadá ou da Austrália, países onde a Justiça e os magistrados estão trilhões de anos além dos nossos chimpanzés togados, com as sempre raras e honrosas exceções, é claro. Fazer a comparação somente pode ser argumento de quem defende a impunidade – ou lucra com ela.

Quantos magistrados da Suprema Corte dessas nações já se encontraram com o réu que julgará na calada da noite? E quantos outros já fraudaram a Constituição de seus respectivos países? E quantos presidentes dessas Supremas Cortes estrangeiras recebem uma grana por fora, depositada pela própria mulher, que administra rentável escritório de advocacia, sem que essa mesada, mesmo que tenha origem lícita, seja considerada incompatível com o cargo que exercem?

MAIS COMPARAÇÕES – Quantos magistrados da Suprema Corte de algum desses países já pegaram carona em viagem internacional com réus que julgarão? Quantos magistrados da Suprema Corte australiana já advogaram ou têm alguma relação com os réus que julgarão e, mesmo assim, não se consideraram impedidos, ética e moralmente?

Além disso, quantos magistrados da Suprema Corte de qualquer um desses países mantêm solto um condenado a mais de 30 anos de cadeia, beneficiado por um habeas corpus que seus advogados sequem pediram?

Quantos magistrados da Suprema Corte canadense mantêm os processos de renomados criminosos aquecidos sobre as próprias nádegas até que os crimes deles prescrevam? E quantos magistrados da Suprema Corte americana atropelam o que diz a Constituição daquele país e tomam o partido do réu na hora de condenar ou absolver?

INCOMPARÁVEL – Ora, senhores, querer comparar o Supremo Tribunal Federal com a Poder Judiciário de qualquer um desses três países é a mesma coisa que querer comparar a higiene de uma sala cirúrgica com a higiene de uma estrebaria!

Na escala evolutiva, nossos ministros do Supremo acabaram de descer da árvore e não sabem… Embora se acham no nível de deuses, mas permanecem no mesmo nível dos antigos trogloditas, porque, com suas omissões e parcialidades, canibalizam a saúde, a educação, a segurança e a vida de milhões de brasileiros anualmente, com a mesma naturalidade que os primeiros hominídeos devoravam a carne e o sangue dos seus semelhantes.

Será que estou exagerando?