Por Eduardo Bresciani / O Globo

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, irá a São Paulo na próxima quinta-feira para fazer exames no hospital Albert Einstein . A viagem não constava da agenda informada no início da semana e foi confirmada pela assessoria.

Bolsonaro ainda está com uma bolsa de colostomia, instalada em seu abdome após o atentado de que foi vítima em setembro, em Juiz de Fora (MG), durante um ato de campanha. Ele faria a retirada nesta quarta-feira, mas o procedimento foi adiado para janeiro. Na semana passada, Bolsonaro suspendeu a agenda na sexta-feira por recomendação médica.

MAIS SIMPLES – A nova cirurgia que Bolsonaro fará em janeiro será mais simples que as anteriores, com baixa possibilidade de complicações. A operação, adiada de dezembro para depois da posse, tem o objetivo de retirar a bolsa de colostomia que o presidente eleito mantém desde setembro, quando sofreu um ataque a faca, e reconstituir o trânsito intestinal.

Especialistas ouvidos pelo Globo dizem que, no pior cenário, há um risco, pouco comum, de que a sutura do intestino se rompa na recuperação, o que criaria a necessidade de novo procedimento e outra colostomia. Menos alarmantes, a formação de aderências no intestino e infecções no lugar do corte também são consideradas em quadros desse tipo.

PROCEDIMENTO – Bolsonaro terá que se submeter a nova cirurgia, que deverá ser marcada no ano que vem, para retirar a bolsa de colostomia. De início, é feito um corte no mesmo local da primeira cirurgia para abrir o abdômen; Os cirurgiões colocam de volta para dentro do abdômen a parte do intestino que estava conectada à bolsa coletora de fezes; as duas partes do intestino que estavam separadas são costuradas de volta e o abdômen é fechado.

Segundo médicos, esse tipo de cirurgia exige, no mínimo, duas semanas de recuperação