Com a demora na recuperação da economia e a queda na arrecadação, o governo deve aumentar a previsão do déficit fiscal para 2020. A meta atualmente está fixada em R$ 110 bilhões negativos, mas deve ser revista para um rombo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões a mais, conforme antecipa o Estadão nesta sexta-feira. A previsão, ainda assim, será abaixo dos R$ 139 bilhões de déficit previstos para este ano –mas bem longe da promessa de campanha de Jair Bolsonaro de zerar o rombo no primeiro ano.

A expectativa pessimista deve reforçar o discurso quanto à necessidade de reforma da Previdência. Esse número não leva em conta, por ora, o megaleilão do pré-sal marcado para outubro, pois ainda há discussões na equipe econômica a respeito de se esses recursos devem ser usados para abater o déficit de 2020 ou a partir de 2021.