Vida, misto de razões e emoções…

“A gente só leva da vida a vida que a gente leva”

Tom Jobim Viver intensamente cada segundo que nos é concedido, talvez compreenda, uma das mais difíceis tarefas já envidadas por nós.

Diante do exposto me pergunto: Como viver intensamente cada situação, quando nos é ofertado um leque gigantesco de probabilidades e de experiências simultaneamente?

Uma verdadeira aventura!

Optar por essa ou aquela situação a ser vivida, talvez fosse a melhor saída, mas ter esse discernimento é o “ x “da questão.

Recebemos a dádiva da vida gratuitamente, e até penso, que nada existe de mais rico e abrangente, do que esse presente que se renova a cada instante, nos propiciando momentos de prazer, alegrias, desafios, tristezas, frustrações, perdas, milagres, surpresas, mistérios e tantos outros, mas que, nem sempre percebemos, tantos são os laços que nos enredam nas rotinas diárias.

Agradecer diariamente o dom da vida, fazer o seu melhor, cuidar do invólucro corporal, desopilar a mente, fazer novas amizades, passear, escrever, ler, sonhar, amar, viver o presente o mais presente possível.

Sem dúvida, esses seriam os caminhos ideais para se trilhar…

No entanto, nem tudo passa pelo nosso crivo seletivo, as vezes somos levados à determinadas situações, independente dos nossos quereres.

Vez por outra, alguma circunstância especial, nos propicia a reflexão, e chegamos assim mais perto do grande mistério da vida, mas, diga-se de passagem, estamos muito distantes ainda desse entendimento!

O mais intrigante que eu acho, e que as vezes me tira o juízo, é saber que cada um de nós ao nascer, recebe a sua vida.

Única.

Com suas próprias características, no entanto, não a vivemos só, estamos sempre, dividindo-a com os nossos pares.

Não há como negar…

Deus nos criou de um jeito, que é quase impossível viver isoladamente.

Basta lembrar, que mal começamos a nos entender como seres humanos, e lá estamos nós a responder aos estímulos externos, e assim permanecemos o resto da nossa vida, sempre atendendo aos apelos alheios.

Lógico, que quando o fazemos, também atendemos ao nosso ego. Mas de um modo geral, tudo ou quase tudo, está direcionado a alguém, seja do nosso convívio mais fechado ou não.

Aqui acolá, me pego tentando adivinhar em que posso agradar a “A ou B”.

Parece até que os meus desejos estão ligados aos prazeres do outro. Aliás, acho que estão sim. É assim que a vida se faz! E tem mais, nem pestanejo ou reclamo.

Porque o faço mediante os meus mais sublimes sentimentos. Mas vale salientar, que também estou sempre esperando ou cobrando algo de alguém.

Isso não é bom!

Devia bastar-me e pronto!

Acho que ando misturando demais razão e emoção. Tem momentos que me percebo lúcida em relação aos ensinamentos que quero da vida, e de repente cá estou eu querendo viver intensamente essa vida, e dela tirando todas as vantagens que me são devidas.

Sou um misto de tantas razões e emoções, ora brigo com a vida e a faço se moldar aos meus gostos, ora me curvo aos seus ditames, mas sigo os ponteiros do meu coração sempre!

Assim vivo a minha vida…

Assim sou feliz!

 

Colaboradora : Vanda Jacinto