Coluna do Estadão – Alberto Bombig

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Há uma única certeza sobre Jair Bolsonaro entre auxiliares, aliados e até opositores dele: não existe espaço que ele não queira ocupar. Em quase oito meses de governo, o presidente mostrou ser mestre na arte de preencher cargos, noticiário e todo e qualquer tipo de vácuo. A máxima de que não existe lugar vago em política fica ainda mais fácil de ser levada ao extremo por Bolsonaro com a ajuda dos filhos, observa um ex-aliado. “Eles criam polêmicas, pautam o debate, expulsam desafetos, preenchem cargos e sufocam opositores”, completa ele.

Quando farejou as movimentações de João Doria (PSDB) e de Luciano Huck rumo às eleições de 2022, por exemplo, Bolsonaro surpreendeu seus auxiliares e se lançou candidato à reeleição para deixar claro que eles não terão refresco.

Mando eu – A mais nova vítima do modo Bolsonaro de agir é o ministro Sergio Moro: ou se submete aos caprichos do chefe ou acabará fora dos planos.

Para emplacar Eduardo Bolsonaro na Embaixada do Brasil em Washington, o governo vai acelerar a liberação de emendas no Senado.