O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou, em entrevista coletiva no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde o presidente Jair Bolsonaro está internado, que a equipe médica deve se deslocar para Brasília após a alta do presidente para fazer uma avaliação antes da viagem para a Nova York. Na cidade norte-americana Bolsonaro vai participar da Assembleia-Geral da ONU.

O porta-voz afirmou que ainda não há uma data definida para essa avaliação acontecer. “Mas está dentro do espectro temporal do planejamento, que inclui as análises referentes à viagem para Nova York, que estamos mantendo o planejamento, com bastante esperança que se realize efetivamente.”

Rêgo Barros afirmou que o ministro Ricardo Salles não encontrou o presidente quando esteve no hospital na noite deste sábado. Não há visitas previstas para hoje e elas seguem restritas pela equipe médica. Bolsonaro está na companhia da primeira-dama Michelle Bolsonaro e de seu filho, e vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro.

O presidente continua apresentando melhora clínica progressiva segundo boletim emitido na manhã deste domingo. “Permanece sem dor, afebril e com melhora dos movimentos intestinais”, diz a nota assinada pela equipe médica que atende Bolsonaro, chefiada pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo. Além de Macedo, assinam a nota Leandro Echenique, clínico e cardiologista, Antônio Antonietto, diretor médico do Hospital Vila Nova Star, e Ricardo Peixoto Camarinha, médico da Presidência da República. Conforme o boletim, Bolsonaro se submete a fisioterapia respiratória e motora, caminhando frequentemente pelo corredor.

Os médicos informam que a alimentação cremosa introduzida na dieta do presidente teve boa aceitação e que neste domingo terá início a redução do volume da alimentação endovenosa. O porta-voz afirmou que conversou com os médicos nesta manhã e que eles estão “vivamente impressionados” com a recuperação e com a forma com que ele está recebendo a alimentação cremosa, introduzida neste sábado.

Segundo o porta-voz, a passagem da alimentação cremosa para a pastosa e a retirada da alimentação endovenosa devem determinar, entre outros parâmetros, a alta do presidente. Rêgo Barros não quis se comprometer com uma data. “A alta estará sempre associada ao estado clínico do presidente, que está evoluindo bem. Não gostaria de adiantar uma data. Mas estamos esperançosos que será em um prazo bastante curto”. Nesta manhã o hospital informou que no café da manhã deste domingo Bolsonaro tomou chá e comeu gelatina e creme de frutas.

O Planalto espera a alta médica para segunda ou terça-feira. Bolsonaro está há oito dias no hospital em São Paulo, onde se recupera da cirurgia para correção de uma hérnia incisional. É o quarto procedimento após o atentado a facada da qual foi vítima em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG).

Estadão Conteúdo