Por Flávio José Bortolotto

O Brasil, nona economia do mundo com PIB de aproximadamente US$ 2,2 trilhões, tem a maior dívida pública entre os países emergentes (México, Argentina, Rússia, Índia, Africa do Sul, Indonésia, Paquistão, Filipinas, Malásia, Nigéria, Vietnam etc), confirma assinala o economista Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central e atual economista-chefe do banco UBS.

Ocorre que Volpon deixa de mencionar que o Brasil também é o quarto maior detentor de reservas em US dólares, com cerca de- US$ 400 bilhões. Sim, somos o quartoº maior Credor dos USA logo atrás da China, Japão e Alemanha.

DÍVIDA PÚBLICA – Certamente é por isso que nosso ministro da Economia, Paulo Guedes, acha que pode passar batido sem falar em dívida pública, que ainda não é o nosso maior problema. O grande desafio do país é o déficit fiscal (governo gastar muito mais do que arrecada, tornando-se gerador da dívida pública), o que via reformas está sendo combatido.

Já faz 6 anos que o Secretaria do Tesouro do Brasil não vê superávit primário (necessário para conter o crescimento da dívida pública e até para reduzi-la), e talvez ainda se passem mais três ou quatro anos para isso, completando-se 10 anos como previu o Volpon.

SELIC BAIXA – Mas isso não é tão grave agora que a Selic está em 5,5% ao ano, com uma inflação inferior a 4% ao ano, e os rentistas estão “chorando” ganho real de 1,5% ao aano. É pouco, muito pouco. Mau para os rentistas, bom para o Brasil.

O que estamos fazendo e que é doído, mas correto, é via austeridade zerar nosso deficit público, conter nosso endividamento público e restaurar plena confiança de que o governo vai honrar seus compromissos financeiros no futuro.

REDUZIR O ESTADO – Precisamos reduzir o tamanho do Estado brasileiro que consome atualmente cerca de 44% do PIB ( 36% de Carga Tributária + 8% do PIB de deficit nominal), para apenas 30% do PIB em 8 anos.

Criar condições para que se crie riqueza no Brasil de forma crescente e sustentada e todos possam capitalizar, não importando que uns mais outros menos, mas todos ganhando e em pleno emprego. Ainda teremos uns dois anos de “roer ossos”, mas depois a coisa vai melhorar.