Folha de S. Paulo – Painel 

O fragilíssimo equilíbrio do PSL implodiu com os últimos atos de Jair Bolsonaro. Deputados que manifestaram intenção de deixar a sigla ou que a atacaram publicamente, acompanhando o presidente, serão removidos de seus postos em comissões e na liderança da legenda. Alê Silva (PSL-MG) já foi destituída da de Finanças e Tributação. Nesta quinta (10), será a vez de Carlos Jordy (RJ), Luiz Philippe Orleans e Bragança (SP), Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS) e Filipe Barros (PR).

A indicação dos nomes que vão compor comissões é uma prerrogativa dos líderes de partidos. Tal instrumento é comumente usado para pressionar parlamentares a seguirem orientações de voto. O PDT, por exemplo, tirou dos colegiados todos os filiados que foram a favor da reforma da Previdência.

A direção do PSL discute ainda estimular recursos à comissão de ética contra os integrantes que fizeram ataques públicos à legenda. A ideia é pedir a suspensão das atividades partidárias desse grupo.

Do lado dos bolsonaristas, a ordem é seguir pressionando a cúpula do PSL a “agir com transparência”, como foi feito em um manifesto assinado por 20 deputados nesta quarta.