O governo brasileiro soube há um mês que os EUA enviaram uma carta à OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico) apoiando o ingresso apenas da Argentina e da Romênia na entidade. E procurou na época o governo americano para ter explicações.

A equipe de Jair Bolsonaro trabalhava até então com a possibilidade de os EUA formalizarem, ainda neste ano, apoio para a entrada dos países na seguinte ordem: Argentina e Romênia em 2019, Brasil em maio de 2020 e Peru em dezembro, e a Bulgária, em maio de 2021.

A OCDE, segundo integrante do governo, chegou a enviar uma carta aos EUA confirmando a ordem. Os americanos responderam aprovando apenas Argentina e Romênia —e deixando o Brasil de lado.

Ao buscar os EUA, a equipe de Bolsonaro ouviu que o problema não era com o Brasil e sim com uma expansão desenfreada de membros sem que a OCDE seja reformada. Os EUA se preocupam com o fortalecimento da União Europeia na entidade. A informação da carta dos EUA à OCDE chegou também ao STF (Supremo Tribunal Federal), por meio de diplomatas estrangeiros.

Folha