Via Estadão

O partido que o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar, logo mais, em reunião com parlamentares, terá perfil pragmático. Por mais que suas diretrizes sejam orientadas pela postura que Bolsonaro já adota no governo (liberal na economia e conservador nos costumes), no campo político, a ordem é deixar as portas abertas para alianças partidárias.

A decisão foi tomada tendo como exemplo o Novo. O presidente e seu entorno mais próximo avaliaram que rejeitar coligações partidárias e criar regras estritas demais além da legislação vigente poderiam dificultar adesões à legenda e o crescimento nas eleições municipais. A ideia é não deixar o discurso ideológico ser uma barreira ao avanço da sigla.

Nesse sentido, o próprio presidente já tem feito algumas conversas. Recebeu no Palácio do Planalto o presidente do PSD, Gilberto Kassab. No espectro de possíveis aliados encontram-se Republicanos, DEM e outros partidos de centro direita. Só estão descartadas as legendas tidas como de extrema esquerda, como o PT e o PSOL.