O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (12) que o Brasil está a caminho de um “upgrade” pelas agências de classificação de risco. Guedes deu a declaração ao comentar a revisão da perspectiva da nota de crédito do Brasil, de estável para positiva, anunciada pela agência Standard & Poors nesta quarta-feira (11).

O rating brasileiro permaneceu em BB-. A mudança da perspectiva deixa o Brasil mais próximo de subir na classificação concedida pela agência nos próximos meses. A economia brasileira ainda está dois degraus distantes grau de investimento, sob a classificação da S&P. A marca, perdida em 2015, é uma espécie de “selo de bom pagador” que assegura a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros.

“Então, a expectativa nossa é que estamos já a caminho do ‘upgrade’. Isso normalmente leva dois anos, mas acho até que vamos conseguir antecipar. Se mantivermos nosso ritmo de reformas, o Brasil vai retomar o crescimento acelerado muito rapidamente”, afirmou o ministro a jornalistas.Segundo Guedes, a Standard & Poors “está só percebendo a efetividade das reformas que estamos implementando”.

“O Brasil está com o menor déficit dos últimos cinco, seis anos. A taxa de juros está desabando. O Brasil esta reacelerando. Vocês viram que os investimentos estão sendo retomados. O ritmo de crescimento esperado para o ano que vem já é mais do que o dobro do ritmo desse ano”, disse Guedes, após almoço com deputados da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

Decisão da S&P

A agência justificou a decisão de melhorar a perspectiva brasileira diante da aprovação da reforma da Previdência, da expectativa do avanço de outras medidas fiscais e de um crescimento mais acelerado, o que pode “melhorar a posição fiscal do Brasil no médio prazo (próximos três anos).”

A S&P disse ainda que a revisão reflete uma expectativa de melhora da nota para o país nos próximos dois anos se essa agenda avançar. A agência estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do país vai crescer 1% neste ano e de 2% no ano que vem.

G1