Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, mandou uma resposta direta ao presidente Jair Bolsonaro, que insistiu em qualificar o coronavírus como uma “gripezinha”. Questionado pela coluna sobre qual mensagem ele passaria para o presidente brasileiro, o africano que lidera a agência de Saúde foi claro em contestar sua posição

“Em muitos países, as UTIs estão lotadas e essa é uma doença muito séria”, declarou Tedros. O tom usado pelo presidente Jair Bolsonaro em sua mensagem ao país na noite de terça-feira sobre o coronavírus deixou entidades internacionais perplexas e preocupadas com o destino de milhares de pessoas.

Em sua fala, Bolsonaro questionou alguns dos pilares martelados desde janeiro pela OMS para tentar frear a pandemia. Ele colocou em xeque o distanciamento social e o fechamento de escolas. Mas, acima de tudo, deu a impressão de que a doença apenas atinge os mais velhos, algo que a OMS tem alertado que não é o caso.

Há poucas semanas, Tedros Adhanom Ghebreyesus chegou a dizer que vender tal percepção de que se trata de um doença que mata apenas idosos – mesmo que fosse verdade – representa a “falência moral” da sociedade.