O município de Mossoró deverá receber 170 novos leitos, para o combate ao novo coronavírus. O assunto foi tratado em reunião, por vídeoconferência, nesta segunda-feira, entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e a prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Os secretários de Saúde do estado, Cipriano Maia, e do município, Saudade Azevedo, também participaram do encontro.

No Hospital Regional da Polícia Militar serão criados 25 novos leitos. O Hospital São Luiz está em negociação para a criação de 20 leitos de UTI e mais 20 enfermarias. Já no Hospital Rafael Fernandes serão 18 leitos, enquanto que no Hospital Maternidade Almeida Castro serão 10 UTIs e 40 Unidades de cuidados intermediários (UCI/enfermarias). No Hospital Regional Tarcísio Maia serão 20 novos leitos de UTI e 7 UCI, além de mais 10 leitos de estabilização nas UPAs.

Efetivo da Saúde

“A perspectiva é que possamos criar 170 novos leitos. Mas uma das principais pendências é o efetivo de médicos e equipes de enfermagem que possam dar conta da demanda. Convocamos os aprovados no último concurso e, devido à gravidade da pandemia, estamos trabalhando para viabilizar a contratação temporária de novos profissionais e suprir a necessidade dos hospitais”, disse a governadora.

Quanto aos novos leitos para o Tarcísio Maia, ela adiantou que estão sendo firmados os últimos preparativos para que as unidades estejam funcionando, no máximo, até a próxima segunda-feira (6).

“Vamos trabalhar em conjunto com os municípios montando um plano de ação para cada região e ver como trabalharemos com os materiais que hoje estão escassos, como os respiradores e equipamentos de proteção individual (EPIs). Também estamos trabalhando para recuperar os equipamentos que temos e melhorar a oferta de serviço de forma racional”, acrescentou o secretário estadual de Saúde Cipriano Maia.

Apoio

A prefeita Rosalba solicitou apoio do Governo do Estado, para aquisição de material hospitalar, com objetivo de montar uma ala de 20 leitos na Unidade de Pronto Atendimento Raimundo Benjamim Franco, também conhecida como UPA do BH. De acordo com a prefeita, o espaço, de iniciativa municipal, seria destinado aos pacientes que precisam ficar em observação mas que ainda não necessitam estar em uma UTI.

“Já temos o projeto e estamos levantando os valores. O pessoal nós temos, precisamos de apoio do Governo para aquisição do material para desafogar os hospitais, mas termos condições de receber pacientes que requerem cuidados. Vamos atender a região do Alto Oeste, por isso a necessidade de novos leitos”, justificou Rosalba Ciarlini. Ela também solicitou reforço nas divisas com o Ceará, estado que soma alto número de casos no país, atrás apenas de São Paulo e Rio Janeiro.