Foto: Raphael Ribeiro/BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defende em entrevista à Folha a costura de um acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que amplia a autonomia da instituição.

“A autonomia financeira é um passo no sentido de aprimorar o arcabouço de autonomia do BC”, afirma. O chefe da autoridade monetária começou a articular o tema no Congresso, o que causou reação entre os membros da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ponto de o diálogo com Haddad ter sido interrompido.

Campos Neto e Haddad voltaram a se falar na sexta-feira (1º), justamente sobre a PEC. “Eu tentei dar conforto para ele, que o BC tem flexibilidade, que a gente pode discutir, que nada vai ser feito à revelia”, diz Campos Neto.

O BC ganhou autonomia operacional há cerca de três anos, durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Pela PEC, o BC passa a ser uma instituição de natureza especial com autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira, organizada sob a forma de empresa pública e com poder de polícia.

Folhapress

 

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (31), por unanimidade, reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que agora é de 11,25% ao ano. É o quinto corte seguido, acompanhando a sequência de quedas iniciada em agosto de 2023, corresponde às expectativas do mercado financeiro. O novo patamar da Selic é o menor desde fevereiro de 2022.

Em dezembro, diretores do órgão já haviam projetado reduções da taxa para os encontros seguintes. “Os membros do comitê concordaram, unanimemente, com a expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz a ata.

A avaliação considerou que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para determinar a inflação na economia brasileira. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e desestimulam novas opções de investimento.

A inflação no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medidor oficial. O valor é 0,13 pontos percentuais abaixo do teto da meta, que foi de 4,75%. Com a manutenção da queda do índice, a expectativa é de que a Selic continue em baixa.

Diante da sequência de queda dos juros, o Comitê notou que houve “progresso desinflacionário relevante”, mas observa que ainda vê com cautela o processo de devolver a inflação para o centro da meta de 3,5%, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). A ata destaca a necessidade de manter uma política monetária cautelosa.

Em esforço conjunto, o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) — que reúne, além do BC, os ministérios da Fazenda e do Planejamento — estipularam regras para impulsionar a educação financeira da população. São medidas para aprimorar o conhecimento, as habilidades e o acesso a ferramentas.

Por meio de uma resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta semana, o BC e o CMN definiram medidas a serem adotadas por instituições financeiras, instituições de pagamento e demais instituições do sistema financeiro.

Entre as finalidades da iniciativa está a prevenção de problemas como o superendividamento e a inadimplência. As normas entrarão em vigor no segundo semestre de 2024, em 1º de julho.

Veja abaixo quais são as iniciativas:

  • adoção de medidas de educação financeira direcionadas a clientes e usuários pessoas naturais, incluindo empresários individuais, bem como de medidas que contribuam para a organização e o planejamento do orçamento pessoal e familiar, a formação de poupança e de resiliência financeiras, e a prevenção ao inadimplemento das operações e do superendividamento;
  • manutenção de uma política de educação financeira baseada na ética, na responsabilidade, na transparência, na diligência e nos princípios de valor para o cliente, como amplo alcance, adequação e personalização;
  • instituição de mecanismos de acompanhamento e controle da política de educação financeira com o objetivo de assegurar a implementação de suas disposições, o monitoramento do seu cumprimento e efetividade, inclusive por meio de métricas e indicadores adequados, e a identificação e correção de eventuais ineficiências;
  • e indicação de um diretor responsável pelo cumprimento da política e das demais obrigações estabelecidas, a fim de proporcionar maior capacidade de sua implementação e de acompanhamento por parte do BC.

Metrópoles

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou ontem o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o ritmo de cortes na taxa básica de juros (Selic), de 0,50 ponto percentual, será mantido “nas duas próximas reuniões” do colegiado, pelo menos.

“Não posso confirmar se haverá aceleração dos cortes. Isso vai depender das condicionantes de risco”, afirmou Campos Neto aos jornalistas, citando a série de indicadores que o Banco Central mapeia para tomar as decisões. “Ainda existe muita incerteza. Temos um balanço de risco, que é importante e, no momento, a gente considera o ritmo de 0,50 ponto percentual apropriado”, insistiu. As informações são do Correio Braziliense.

O ciclo de queda da Selic começou em agosto, e, atualmente, a taxa está em 11,75%, após quatro cortes seguidos de 0,50 ponto percentual. Com dois cortes da mesma magnitude, os juros deverão cair para 10,75% ao ano em março de 2024.

Campos Neto destacou que a promulgação da reforma tributária e a aprovação da MP das subvenções, nesta semana, foram “vitórias importantes” na agenda econômica, e elogiou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “A gente reconhece que tem um grande esforço do ministro Haddad. Eu tenho falado com ele, e vejo como é difícil a negociação lá no Congresso para aprovação das reformas. E, nesta semana, houve várias vitórias importantes nesse sentido. Então, acho que a gente sai da semana com boas notícias”, resumiu.

Ao ser questionado pelo Correio sobre o comportamento do câmbio neste ano, o presidente do Banco Central, avaliou que o real tem ficado mais resiliente em relação a outras moedas, em grande parte, devido ao potencial de atração de investimentos na área de energia renovável. “O Brasil é um sério candidato a ter fundos de investimento mais perenes por diversas razões. Por ser, por exemplo, um país com grande capacidade de produzir energia renovável. Então, à medida que esses fluxos se materializam, ele tende a ser beneficiado”, afirmou.

Projeções

As declarações de Campos Neto foram dadas durante a apresentação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No documento, o BC elevou de 2,9% para 3% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, e reduziu de 1,8% para 1,7% a estimativa de avanço em 2024. As projeções do RTI, no entanto, estão mais otimistas que as do mercado. No boletim Focus divulgado nesta semana, a mediana das estimativas dos analistas de instituições financeiras para o avanço do PIB estão em 2,92%, neste ano, e em 1,51%, no ano que vem.

Pelas novas projeções de inflação do BC, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será de 4,6% em 2023, ante expectativa anterior de 5%. A previsão permaneceu em 3,5% para 2024 e aumentou para 3,2% em 2025.

O presidente do BC também ressaltou que existe relação entre o desequilíbrio fiscal e as expectativas de inflação, mas que isso não é mecânico. Segundo ele, essa é uma das principais mensagens a serem fixadas. Na avaliação dele, se o cenário fiscal for um pouco pior, mas o governo seguir fazendo reformas, o mercado vai entender que há um esforço para o controle da dívida pública.

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (13), fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) na taxa básica de juros. O movimento passa a Selic de 12,25% para 11,75% ao ano, o mesmo patamar de março de 2022. A decisão foi unânime.

O grau do corte veio em linha ao esperado pelo mercado, que já previa a manutenção da estratégia de alívio da política monetária praticada nas últimas três reuniões do colegiado, quando os juros estavam em 13,75% ao ano. Em nota, o BC afirmou que deve manter este ritmo de corte nos próximos encontros caso o atual panorama se mantenha. A decisão também foi unânime.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, informou.

A autoridade monetária justificou o corte de 0,50 p.p. pela melhora do cenário internacional, principalmente o arrefecimento dos juros longos nos Estados Unidos.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergente”, destacou. Já no contexto doméstico, o Copom destacou a manutenção de indicadores que apontam para a desaceleração da economia.

“A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, com destaque para as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, informou.

Expectativa de novos cortes

Esta foi a última reunião do Copom deste ano. O colegiado volta a se encontrar nos dias 30 e 31 de janeiro de 2024, com expectativa de continuidade dos cortes na Selic.

Segundo dados do boletim Focus, pesquisa do BC que reúne a mediana de mais de uma centena de agentes do mercado e instituições para os principais indicadores econômicos, divulgados nesta segunda-feira (11), a taxa de juros deve chegar a 9,25% ao ano no fim de 2024. A continuidade dos cortes foi referendada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, que, no início de dezembro, disse que a manutenção do atual cenário dá espaço para redução dos juros.

“Com as variáveis que temos na mão hoje, a gente entende que o ritmo de 0,50 ponto é apropriado. A gente pretende continuar com esse ritmo nas próximas reuniões”, disse. Segundo o presidente do BC, a equipe da autarquia entende que o ritmo de corte na taxa Selic é o adequado, porém ainda é necessário ver juros no campo restritivo.

“É importante analisar a estrutura da curva de juros, não só a taxa de juros reais na ponta. Uma outra coisa importante é que a gente precisa ver o diferencial de juros, tanto nominal quanto real do Brasil para outros países.”

Apesar de indicar a continuidade dos cortes, Campos Neto ressaltou que ainda há “muito trabalho pela frente” e que é importante consolidar o processo de redução da inflação.

CNN Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia, nesta terça-feira (12), a oitava e última reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. No encontro, que termina amanhã (13), a expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 12,25% ao ano para 11,75% ao ano, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado.

Este deverá ser o quarto corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário (juros que desestimulam a economia). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Os membros do Copom já previam cortes de 0,5 ponto percentual nas reuniões do segundo semestre. No comunicado do último encontro, em novembro, o órgão informou que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária.

Para o ano que vem, a estimativa dos analistas é que as reduções continuem, em menor medida, e que a Selic encerre 2024 em 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano.

Através de uma declaração dada, nesta segunda-feira (13), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto afirmou que o Open Finance, sistema que vai permitir o compartilhamento de informações financeiras dos clientes, irá acabar com os diversos aplicativos de diferentes bancos brasileiros.

“Em até um ano e meio, dois anos, não terá mais app de Bradesco, Itaú. Será um app agregador que, pelo Open Finance, vai dar acesso a todas as contas”, disse o presidente do banco.

A aceitação dos brasileiros ao Open Finance, segundo ele, foi rápida, com algo entre 50 a 60 milhões de pessoas aderindo ao sistema mesmo antes de ter acesso aos benefícios da inovação. “Open Finance gera portabilidade e comparabilidade em tempo real. O nosso é o mais amplo e programável do mundo”, contou.

O presidente ainda afirmou que se o Pix, ferramenta de pagamentos instantâneos, tivesse tido a função apenas de substituir tradicionais transferências eletrônicas como Ted e Doc, o sistema “teria falhado”.

“Se o Pix só substituísse Ted e Doc, teríamos falhado. Eu sempre disse que os bancos não iriam perder dinheiro com o Pix. Hoje, os bancos estão super empolgados em fazer mais coisas no Pix”, finalizou ele.

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define, na próxima quarta-feira (1°/11), a taxa básica de juros, a Selic. Na sétima reunião de 2023, que começa amanhã (31), a expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 12,75% ao ano para 12,25% ao ano, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado.

Este deverá ser o terceiro corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Os membros do Copom já previam cortes de 0,5 ponto percentual nas reuniões do segundo semestre. Na ata do último encontro, em setembro, o órgão manteve a avaliação que esse é o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.

A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reforçou que o Brasil tem um problema fiscal estrutural. “Eu estava conversando com o senador [Wellington Fagundes (PL-MT)] sobre a importância de aprovar os projetos [fiscais] no Congresso”, disse em evento da Fenabrave, em Cuiabá (MT). O parlamentar, que estava no evento, integra a oposição ao governo no Senado.

“O investimento tem que subir. O Brasil tem investimento baixo e parte disso é porque o governo deve tanto que pega o dinheiro do investimento para financiar dívida. O bolo de liquidez é um só”, acrescentou. Segundo ele, o Brasil tem “uma grande oportunidade” na área de investimentos verdes, que “agora está sendo mais explorada”.

“O Brasil tem grande capacidade de produzir energia sustentável. Esse cartão de entrada [sustentabilidade] deveria trazer bastante investimento”, disse. “Outro tema que precisa melhorar é segurança jurídica”, pontuou.

Campos terminou sua fala enfatizando que o Brasil “tem enormes oportunidades”. “Eu venho de uma família que a maioria dos meus irmãos até mora em outro país e eu sempre quis ficar no Brasil”, concluiu.

Valor Econômico

Foto: Sérgio Lima

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta 6ª feira que, apesar da aprovação do novo arcabouço fiscal pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil continua com gastos públicos acima da média em comparação com outros países da América Latina.

O chefe da autoridade monetária declarou que o corte de despesas sempre foi um desafio para todas as gestões que passaram pela presidência da República e que é preciso sondar novas estratégias para reduzir os valores.

“Mesmo com o arcabouço, o Brasil continua com um crescimento de gastos acima da média. (…) Quando a gente pega as despesas do Brasil, ela ainda está acima da média da América Latina. Mas cortar despesa no Brasil tem sido um exercício difícil em vários governos, precisamos ser honestos”, declarou Campos Neto durante o evento Spring Investment Meeting, promovido pela 1618 Investimentos, em São Paulo.

Ao propor soluções para esse cenário, Campos Neto disse que é preciso apostar no corte de despesas estruturais no governo e enfrentar a “receita engessada” que o Brasil tem.

“Temos 2 tipos de cortes possíveis nesses casos: o estrutural, que a gente faz e se perpetua, e o conjuntural, que você faz em um momento, mas depois ele [o gasto] volta. A questão é como cortar despesas estruturais, como em uma reforma administrativa. O problema é que temos uma receita muito engessada. Desvincular os gastos pode ser uma solução lá na frente”, declarou.

O presidente disse, ainda, que o objetivo do BC segue sendo o de “trazer a inflação para a meta com menor custo para a sociedade” e que continuará trabalhando com o governo para um equilíbrio fiscal. No entanto, Campos Neto voltou a declarar que é preciso repensar a política de crédito direcionado no país caso as autoridades queiram ver a taxa de juros continuar a cair.

“Se o Banco Central, quando sobe o juros, encara um pedaço enorme de crédito direcionado que não está sujeito ao aumento, ele tem um campo menor de atuação. (…) Isso significa que, para termos um efeito desejado, precisamos subir ainda mais os juros. Se a gente quiser dar crédito direcionado para tudo e todos, os juros vão ser mais caros”, afirmou.

Portal 360

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), decidiu nesta quarta-feira (20) reduzir em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros. Com isso, a taxa Selic passou de 13,25% para 12,75% ao ano. É o segundo corte consecutivo da taxa, que começou a recuar em agosto deste ano, após três anos, atingindo o menor nível em 16 meses, desde maio de 2022.

Em comunicado, o Banco Central indicou reduções equivalentes para as próximas reuniões do Copom. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, afirmou em nota.

“O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, acrescenta o texto.

A votação por uma redução de 0,50 ponto percentual foi unânime, entre os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Gabriel Muricca Galípolo, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.

O recuo já era previsto pelo mercado. Na da última reunião, ao justificar o corte de 0,5 ponto percentual dos juros básicos, após quase um ano em 13,75%, o Copom estimou que novas reduções da mesma magnitude seriam anunciadas nos próximos meses.

As perspectivas de que o BC vai manter a intensidade da redução dos juros, com possibilidade de queda de 0,75 ponto percentual em dezembro, perdeu força.

R7

 

 

Esquema de como deverá ser o agregador financeiro, segundo o Banco Central — Foto: Reprodução/ Banco Central

O mercado financeiro está trabalhando nos chamados “agregadores financeiros”, apelidados de “superaplicativos”, que reunirão as informações das pessoas físicas atualmente espalhadas por vários bancos em uma única plataforma. A informação é do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Segundo ele, a expectativa é de que esse tipo de aplicativo esteja disponível dentro de um ano e meio, ou seja, próximo ao fim de 2024. O mandato de Campos Neto no comando do BC vai justamente até o fim do ano que vem. Ele já informou que não pretende continuar na instituição em 2025.

“Você vai ter seu fluxo [financeiro de todos os bancos] consolidado em um instrumento só. Então hoje a gente paga o cartão de crédito, e tem aquele ‘dois de três [parcelas], cinco de oito’, e você não sabe mais quanto que você deve. Você vai apertar um botão [no agregador financeiro] e vai ter lá todo o seu fluxo de caixa, como as empresas fazem hoje. Isso vai estar disponível para as pessoas físicas”, disse Campos Neto nesta semana.

O agregador financeiro é mais uma etapa do “open banking” (ou open finance), uma plataforma desenvolvida pelos participantes do sistema que permite aos clientes o compartilhamento dos dados bancários e históricos de transação com bancos e fintechs (pequenas empresas de tecnologia em serviços financeiros). O objetivo é aumentar a concorrência entre os bancos.

De acordo com o BC, entre as funcionalidades dos “superaplicativos” estarão:

  • Escolher de qual banco retirar recursos ao fazer um pagamento por meio do PIX;
  • Se quiser pegar crédito, o aplicativo mostrará a taxa de juros que cada banco oferece para a operação;
  • Conversão de moeda física para moeda digital, e vice-versa, entre o mesmo banco, ou diferentes instituições financeiras;
  • Realização de investimentos, possibilitando uma maior competição sobre as taxas de retorno;
  • Se tiver ações de empresas em um banco, outras instituições financeiras vão saber e poderão oferecer um custo de ‘custódia’ (manutenção) mais barato;
  • Bancos vão começar a competir pelos serviços ofertados, como crédito, por exemplo, pois saberão as taxas que outros cobram. E será possível fazer a “portabilidade do crédito”.
  • Unificar o fluxo financeiro de débitos e créditos em uma única ferramenta.

O Banco Central informou que não há necessidade de regulação adicional para os agregadores financeiros, pois os regulamentos do open finance já possibilitam esse tipo de produto.

Fonte: G1

Foto: Pedro França /Agência Senado

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou que o Pix será taxado, durante uma sessão especial no Senado nesta quinta-feira (10).

Ao ser indagado sobre a possibilidade de o sistema de transferência instantâneo ser cobrado, Campos Neto rejeitou essa hipótese e afirmou que a taxação do Pix não é algo factível.

 “Não vamos taxar o Pix. Não existe isso”, afirmou o presidente do BC.

Desde a criação do Pix, em novembro de 2020, as pessoas físicas em geral estão isentas de tarifas. Já a prática de cobrança da tarifa de pessoa jurídica foi autorizada em uma resolução do Banco Central de 22 de outubro de 2020 e é realizada pelas instituições financeiras desde a sua implementação.

O BC orienta os bancos a adotarem maior rigor nos procedimentos de abertura de novas contas, para evitar fraudes. Além disso, foi implementada a modulação do sistema Pix, que permite ao usuário determinar a quem pode ser realizado esse tipo de transferência. A modalidade superou a marca de 140 milhões de transações em 24 horas, na última sexta-feira (4).

Campos Neto foi questionado por pouco mais de três horas em uma sessão especial no Senado e falou sobre o trabalho do BC em busca do controle da inflação, as taxas de juros, o futuro do papel-moeda e a autonomia da instituição.

Alvo de fake news

Como a cobrança de tarifas do Pix pode ser feita de pessoas jurídicas, isso acaba provocando notícias falsas nas redes sociais. A taxação de empresas existe desde o lançamento da modalidade, em 2020, e é determinada pelos bancos.

De acordo com a resolução n° 19, de 1º de outubro de 2020, publicada pelo Banco Central, fica a critério das instituições financeiras quanto e se irão cobrar por Pix feito por pessoas jurídicas.

Em junho, após repercussão negativa, a Caixa voltou atrás e suspendeu o início de cobrança do Pix de empresas. Mas grandes bancos, como Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil, já efetuam essa taxação.

Entenda as regras do Banco Central

O envio e recebimento de dinheiro via Pix normalmente é uma transação gratuita entre pessoas físicas, mas existem alguns casos em que o Pix pode, sim, ser cobrado.

As pessoas físicas são isentas de cobrança de tarifas para:

  • fazer um Pix (envio de recursos, com a finalidade de transferência e de compra); e
  • receber um Pix (recebimento de recursos, com a finalidade de transferência).

Mas há casos em que os bancos estão autorizados a cobrar tarifas.

O Banco Central divulgou o nome e alguns detalhes do real digital, batizado e Drex (foto). O coordenador do projeto, o analista Fábio Araújo, explica que a principal missão da nova moeda é aumentar a bancarização do país.

“O Pix foi criado para popularizar meios de pagamentos. Já o Drex visa facilitar acesso a serviços financeiros. A gente quer que com o Drex empréstimos, seguros, opções de investimento sejam mais acessíveis”, explica. O Banco Central divulgou o projeto de moeda digital, que se chamará Drex. A moeda deverá ser lançado no final de 2024.

O nome da moeda é a combinação de letras: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital; o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão. A criação da nova versão do real promete ser uma resposta incisiva dos bancos centrais à atuação dos emissores de criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum.

Com a moeda será possível vincular uma transferência a determinadas condições. O cidadão poderá, por exemplo, programar o uso do dinheiro, que só será liquidado se respeitar as condições acordadas.

A tecnologia poderá substituir o cartão de crédito em transações como compras e assinaturas de serviços de streaming. A nova moeda utilizará a mesma tecnologia das criptomoedas, o blockchain, que armazenará todas as informações do sistema, mas em uma rede própria monitorada pelo Banco Central. O objetivo de usar o blockchain é garantir rastreabilidade e segurança.

O Antagonista

 

Membros do Comitê de Política Monetária do Banco Central em reunião nesta quarta-feira (2). — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (2) reduzir a taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano.

A decisão não foi unânime dentro do Copom. Esse foi o primeiro corte da taxa básica de juros em três anos. A última queda havia acontecido em agosto de 2020, em meio à fase mais aguda da pandemia de Covid-19, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano.

Desde então, o índice registrou subidas paulatinas até alcançar o patamar de 13,75% em agosto de 2022.

A decisão do Copom se deu em meio às críticas persistentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de membros do governo federal ao atual patamar da Selic. A avaliação é que o índice tem inibido o crescimento da economia.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, argumenta que a manutenção da taxa foi importante para conter a inflação. Campos Neto, no entanto, tem autonomia — ou seja, não pode ser demitido por Lula.

Reuniões do Copom

O Copom é formado pelo presidente do BC e por oito diretores da instituição.

Esta reunião foi a primeira com a nova formatação do comitê, após o Senado aprovar as indicações de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para a diretoria do Banco Central. Os dois haviam sido indicados por Lula. O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da taxa Selic. Neste ano, o comitê ainda deverá se reunir outras três vezes:

  1. 19 e 20 de setembro
  2. 31 de outubro e 1º de novembro
  3. 12 e 13 de dezembro

Taxa básica de juros

 

Taxa básica de juros da economia, a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. O índice influencia todas as taxas de juros do país, como os juros de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com a meta de inflação, o BC pode reduzir a Selic. Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%. Será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

g1

30
jul

Campos Neto deve seguir na mira do governo

Postado às 20:14 Hs

Não é só o mercado que aguarda com ansiedade o final do expediente de quarta-feira (2) para fazer suas contas. Quando, daqui a três dias, o Banco Central anunciar a decisão sobre a taxa básica de juros, a política também fará seus cálculos.

Ninguém é capaz de cravar com antecedência qual será a nova Selic, mas já é possível antecipar que, seja qual for o resultado da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, Roberto Campos Neto seguirá como alvo do governo e do PT. As informações são do Estadão.

Isso em nada diminui a importância do próximo encontro da diretoria do banco. Não se espera que o presidente do BC saia da mira, mas o anúncio servirá para modular o tamanho da artilharia que será voltada a Campos Neto nos próximos meses.

Se o corte for de 0,25 ponto porcentual, como muitos apostam, não será uma surpresa para o mercado, mas suscitará uma forte onda de críticas da política. Para as vozes mais polidas do governo, o BC terá insistido numa posição excessivamente conservadora e injustificável diante das evidências. Para os quadros mais estridentes do PT, será a prova de que Campos Neto e seu time jogam contra o Brasil.

O ministro Fernando Haddad tratou de reforçar o que o governo espera do BC às vésperas da reunião do Copom.

Na última sexta-feira (28), quando o dia já caminhava para o seu fim, ele chamou a imprensa e passou alguns recados. Entre eles, o de que estaria mais do que justificado um corte de 0,5 ponto porcentual na Selic diante dos últimos acontecimentos, como a revisão das projeções de inflação pelo mercado e melhora da classificação do Brasil por agências de risco.

Haddad é um inconteste expoente da ala dos moderados do governo. Mas nem ele esconde nos bastidores que já perdeu a paciência há tempos com Campos Neto. Em sua visão, havia espaço para um “pequeno corte” na taxa básica de juros já em maio. Se não em maio, definitivamente em junho.

O ministro havia investido em conversas, almoços e encontros com Campos Neto e tinha a impressão de que o presidente do BC havia entendido seus argumentos. Como sabemos, a Selic foi mantida em 13,75% tanto em maio quanto em junho. Haddad jogou a toalha, de acordo com pessoas próximas. Internamente, esbravejou que não conversaria mais “com aquele cara”. Publicamente, passou a repetir que “não há economia que resista” à insistência do BC em manter os juros tão altos.

Haddad, Lula e o PT têm razões para querer a queda da Selic. Sem um alívio por parte da política monetária, a desaceleração da economia no segundo semestre certamente virá, minando o trabalho feito pelo governo na área econômica.

O governo, portanto, tem pressa. E é por isso que, mesmo se o BC entregar um corte de 0,5 ponto percentual na próxima semana, a pressão sobre Campos Neto seguirá. O Planalto precisa de uma sequência de cortes expressivos para tornar mais célere o efeito sobre investimentos e fazer a roda de consumo girar.

A pressão sobre Campos Neto ganhou nos últimos dias, inclusive, novos contornos com a abertura de uma investigação contra ele pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O argumento é que o presidente do BC foi imprudente ao cogitar repassar à iniciativa privada a gestão de parte dos ativos do banco. Na prática, todo mundo entendeu que a corte abriu uma nova frente de desgaste a Campos Neto.

O movimento do TCU soma-se a pedidos para que o presidente do BC se explique aos parlamentares, para que o Congresso o investigue, e a uma miríade de críticas públicas à postura do Copom. A política escolheu Campos Neto como alvo e dá sinais de que, nem tão cedo, pretende recolher suas armas

Em meio a pressões políticas e do setor produtivo em torno do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Conselho Monetário Nacional tem reunião marcada para a próxima quarta-feira (28). O colegiado é formado pelo próprio chefe da autoridade monetária e pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet.

O foco da reunião é a meta inflacionária de 2026 e a provável confirmação da meta para 2024 e 2025. Mas as cobranças a Campos Neto devem dar o tom. Sobre o último Copom, que fixou a taxa de juros básicas nos mesmos 13,75% ao ano, Haddad afirmou que o BC “contrata problemas” ao não indicar quando reduzirá os juros básicos.

Na véspera, sai a ata do Copom. Analistas ainda aguardam uma sinalização de uma taxa menor na próxima reunião do Copom, em agosto. Também na terça, o IBGE divulga o IPCA-15 de junho. A prévia pode indicar um acumulado de 12 meses abaixo do teto da meta deste ano.

Na quarta, o BC vai divulgar o relatório trimestral de inflação, referente ao segundo trimestre.No documento, a autoridade monetária faz uma análise dos componentes que influenciam a movimentação dos preços.

Fechando a semana, os dados do mercado de trabalho serão divulgados. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sai na quinta, enquanto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios será revelada na sexta.

O serviço permitirá pagamentos recorrentes de forma automática, como contas de energia, telefone, escolas, academias, condomínios, serviços de streamings, seguros e clubes por assinatura.

Para isso, o usuário terá de conceder uma autorização prévia. A partir daí, os pagamentos serão feitos automaticamente, sem necessidade de o cliente autenticar cada transação. A autorização poderá ser feita pelo aplicativo do banco, QR Code ou Pix Copia e Cola. A autorização pode ser cancelada a qualquer momento.

De acordo com o BC, o Pix Automático será disponibilizado para empresas de qualquer segmento ou porte.

“A novidade irá ampliar o leque de alternativas disponíveis para que empresas de todos os tipos e segmentos recebam seus pagamentos recorrentes. Atualmente, o débito automático, por exemplo, depende de convênios bilaterais com múltiplas instituições, gerando complexidade operacional e custos elevados, o que restringe o serviço a grandes empresas, geralmente prestadoras de serviços públicos. Por outro lado, os pagamentos recorrentes no cartão de crédito não são acessíveis a parte relevante da população”, diz informe do BC.

O Pix Automático será gratuito para o pagador. Empresas serão tarifadas no momento do recebimento. Além disso, o pagador terá opção, por exemplo, de limitar o valor da parcela a ser debitada.

mar 19
terça-feira
06 53
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
16 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.951.845 VISITAS