O economista brasileiro Ilan Goldfajn foi eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). É a primeira vez que o Brasil vai presidir a instituição, que financia grandes projetos de infraestrutura na América Latina.

Goldfajn foi eleito na primeira rodada de votação com 80% de apoio. Ex-presidente do Banco Central no governo Michel Temer, o economista foi indicado para a vaga pelo governo Jair Bolsonaro.

Na sexta-feira, o ex-ministro Celso Amorim, da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, disse à CNN que o novo governo “nem apoiava, nem vetava” o nome de Goldfajn. A sinalização foi vista em Washington como um apoio velado.

Na semana passada, o ex-ministro Guido Mantega chegou a mandar um e-mail para a ex-secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pedindo para adiar a eleição para a presidência do BID. O pedido provocou mal-estar e reação dentro da frente ampla que apoia Lula. Mantega deixou à equipe de transição.

Goldfajn é visto como um nome técnico sem ligação com o bolsonarismo. Guedes, inclusive, superou divergências pessoais para indicá-lo

Apesar de pedido de Mantega, BID mantém candidatura de Ilan Goldfajn | O  Antagonista

Por Ricardo Della Coletta / Folha

O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) divulgou uma nota neste sábado (12) sobre o processo de seleção do novo presidente da instituição em que reafirma que a data do pleito será 20 de novembro.

No comunicado, divulgado pouco depois de vir à público um pedido feito por integrantes do governo de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que a eleição fosse adiada, num movimento para enfraquecer a candidatura de Ilan Goldfajn, o banco manteve o nome do ex-presidente do Banco Central do Brasil na lista dos cinco candidatos.

ENTREVISTAS – O BID também ressaltou que Goldfajn e os demais postulantes serão entrevistados pelos governadores da instituição —que são altos funcionários econômicos dos países membros— em reunião virtual realizada neste domingo (13).

“A eleição está marcada para ocorrer em uma reunião híbrida da Assembleia de Governadores no dia 20 de novembro de 2022”, destacou o BID.

“Os países membros propuseram cinco candidatos para o cargo de Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento. O período de nomeação foi encerrado na sexta-feira, 11 de novembro de 2022”, destaca ainda outro trecho da nota.

OUTROS CANDIDATOS – Além de Goldfajn, são candidatos a chefiar o banco, que é responsável por financiar projetos de desenvolvimento na América Latina, Cecilia Todesca Bocco (indicada da Argentina); Gerard Johnson (Trindade e Tobago); Gerardo Esquivel Hernández (México); e Nicolás Eyzaguirre Guzmán (Chile).

O PT pediu a outros países que as eleições para a escolha do novo presidente do BID sejam postergadas dizendo discordar da forma como o governo Jair Bolsonaro (PL) indicou Ilan Goldfajn.

O ex-presidente do BC foi indicado pelo governo Bolsonaro às vésperas do segundo turno, gerando insatisfação no PT. O pleito do partido foi enviado aos Estados Unidos pelo ex-ministro da Fazenda e atual integrante da equipe de transição Guido Mantega e reforçado publicamente por Gleisi Hoffmann, presidente do partido.

SEM COMBINAÇÃO – À Folha, Mantega afirmou que não há nada contra o nome de Goldfajn, mas que o candidato não foi combinado com outros países. “O Bolsonaro lançou uma candidatura quando estava próximo ao segundo turno, podendo perder, e perdeu. E quis impor um nome sem buscar apoio de outros países”, disse.

Segundo ele, o BID já vivia uma crise causada pelo recém-demitido presidente da instituição, Mauricio Claver-Carone —indicado pelo governo Trump com apoio do governo Bolsonaro e que, segundo o ex-ministro, não atendia às necessidades de países da América Latina.

De acordo com ele, ministros e ex-ministros latino-americanos entraram em contato dizendo estar desconfortáveis com a questão do BID. “Se você não tivesse outros candidatos, seria sinal que ele poderia ser favorito. Mas é remota a possibilidade de ele ser aprovado, então a gente quis prorrogar”.

PEDIU ADIAMENTO – O ex-ministro diz que enviou um email à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, pedindo que o pleito fosse adiado. “Seria conveniente postergar essa eleição, e isso é possível, para daqui a uns 45, 60 dias, quando o presidente Lula já tiver assumido. Aí se faria uma negociação com os países, os principais países latino-americanos de modo a se encontrar um candidato de consenso”, afirmou.

De acordo com pessoas com conhecimento sobre o funcionamento do banco, o adiamento era bastante improvável. A postergação abriria brecha para que outros países membros no futuro solicitassem postergações por conta de suas dinâmicas eleitorais internas.

Segundo essas pessoas consultadas pela Folha, o pedido feito por Mantega tem como consequência o enfraquecimento da candidatura do brasileiro. Outros países que lançaram candidatos —como Argentina e México— poderão argumentar que o ex-presidente do BC não tem apoio no futuro governo do Brasil.

Foto: Reprodução/Instagram/Fábio Faria

O governo federal enviou para o Senado o acordo firmado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a abertura de uma nova linha de crédito de até US$ 750 milhões para micro, pequenas e médias empresas.

O programa também prevê um aporte de US$ 100 milhões pelo BNDES. Ao todo, o volume destinado para as empresas será de aproximadamente R$ 5 bilhões. Para ser confirmado, o programa precisa ser apreciado pelo Senado Federal.

O financiamento é parte do programa de crédito emergencial para manter o funcionamento das empresas e a manutenção dos empregos diante da pandemia da Covid-19. Além disso, o empréstimo também visa à recuperação do investimento produtivo e a facilitar a aquisição de máquinas, equipamentos, veículos, bens e serviços para a produção.

A projeção do Ministério da Economia e do BID é de que a medida beneficie 11 mil empresas de até médio porte que foram afetadas pela crise. A informação é destaque nas redes sociais do ministro das Comunicações, Fábio Faria.

18
Maio

Missão oficial

Postado às 16:41 Hs

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, viaja aos Estados Unidos, em missão oficial, às cidades de Washington e Nova York. Na capital americana Henrique Alves terá um encontro com o presidente da Casa dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner. O presidente fará palestra no Woodrow Wilson Center for International Relations, participa de reunião com parlamentares estadunidenses do Grupo Parlamentar de Amizade Estados Unidos-Brasil. Ele encerra a visita com um encontro de trabalho na Americas Society & Council of the Americas, em Nova York. A comitiva embarca na noite deste sábado (18), em voo comercial, saindo de São Paulo com chegada prevista, em Washington, na manhã do domingo (19). A delegação conta ainda com os deputados: Arthur Lira (PP/AL), líder do Partido Progressista, Nelson Pellegrino (PT/BA), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Vieira da Cunha (PDT/RS), e Luciana Santos (PCdoB/PE).
26
jul

Biocombustíveis para jatos

Postado às 19:49 Hs

Tá na Agência Brasil

As fabricantes de aviões Boeing e Embraer vão financiar, em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um estudo de viabilidade de combustíveis a base de cana-de-açúcar para abastecimento de jatos. Com base em padrões internacionais de sustentabilidade, serão avaliadas as emissões de gases do efeito estufa no ciclo de produção em larga escala de biocombustíveis para aeronaves.

A pesquisa é a primeira a ser beneficiada por meio de acordo de cooperação regional com instituições públicas e privadas proposto pelo BID para ajudar no desenvolvimento da indústria de biocombustíveis para jatos. “Novas tecnologias para produção de combustíveis de fonte renovável para jatos têm potencial de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa, como o etanol extraído da cana-de-açúcar já demonstrou no Brasil”, ressaltou o líder da Iniciativa de Biocombustíveis Sustentáveis para Aviação do BID, Arnaldo Vieira de Carvalho.

O projeto, previsto para ser concluído em 2012, ajudará a diversificar as fontes de combustíveis para a aviação, destacou o vice-presidente de Meio Ambiente da Boeing, Billy Glover. “A garantia da sustentabilidade das fontes de energia que podem abastecer as cadeias de suprimentos regionais são fatores críticos e o Brasil tem um forte papel a exercer.”

O diretor de Estratégia e Tecnologia para o Meio Ambiente da Embraer, Guilherme de Almeida Freire, disse que a iniciativa integra a força do Brasil na produção de combustíveis renováveis com o desenvolvimento sustentável da aviação. “O Brasil é uma rica fonte de biomassa e o desenvolvimento dessa tecnologia, baseada na cana-de-açúcar, reforça a importância do crescimento sustentável da aviação para o país.”

26
jun

Educação de luto

Postado às 14:00 Hs

Morreu, aos 65 anos, vítima de enfarte fulminante, no final da noite de ontem (25), em São Roque, interior paulista, o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza. Paulo Renato, que segundo sua assessoria de imprensa vinha enfrentando problemas cardíacos, passava o feriado prolongado de Corpus Christi ao lado de familiares em um hotel da cidade quando começou a se sentir mal. Ele ainda foi encaminhado ao Hospital Unimed, no Jardim Lourdes, mas já teria chegado morto.

O velório do ex-ministro será realizado hoje, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em horário ainda a ser definido. O secretário estadual da Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB), esteve junto com familiares providenciando a documentação necessária para a liberação do corpo, que ocorreu por volta das 5h45 da manhã deste domingo.

O corpo de Paulo Renato será trazido direto para a Alesp. O enterro deve ocorrer apenas amanhã (27) pela manhã, para que as filhas de Paulo Renato – uma mora nos EUA e a outra no México – possam estar presentes no enterro do pai. Ambas iriam embarcar em voo ainda na manhã de hoje. Segundo a assessoria de imprensa do ex-ministro, o governador Geraldo Alckmin foi informado sobre o falecimento logo na primeira hora desta madrugada.

Economista, Paulo Renato foi ministro da Educação durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 2002. Dentre as suas principais realizações à frente do ministério da Educação estão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Também ocupou outros cargos públicos e executivos no Brasil e no exterior, incluindo o de gerente de Operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, o de secretário da Educação do Estado de São Paulo, entre 1984 e 1986, no governo Franco Montoro, e o de reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre 1987 e 1991, durante o governo de Orestes Quércia.

27
Maio

Mapa da desigualdade

Postado às 11:51 Hs

Deu na Agência Brasil

O Conselho Nacional de Secretários de Administração (Consad) divulgou ontem (26) pesquisa inédita no país sobre diferenças salariais entre servidores públicos estaduais nas diferentes regiões do país. Há distorções gritantes, revelou o secretário de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro, Sérgio Ruy Barbosa, que também preside o conselho.

Com base em salários de junho do ano passado, coletados em 13 estados e no Distrito Federal, ele disse que os médicos em início de carreira no serviço público, com expediente de 20 horas semanais, tinham pisos salariais próximos no Nordeste (R$ 668,05), Sudeste (R$ 548,30) e Centro-Oeste (R$ 497,38). No entanto, a mesma função, em fim de carreira, recebe R$ 22,922 mil no Centro-Oeste (46 vezes mais), R$ 14,607 mil no Nordeste (21 vezes) e R$ 11,406 mil no Sudeste (20 vezes).

O levantamento do Consad mostra distorções regionais na atividade de enfermagem, com salários iniciais que variam de R$ 542,42, no Sudeste, a R$ 2,5 mil no Centro-Oeste para trabalhar 30 horas por semana. Caso também dos professores de ensino fundamental e médio, que recebem o melhor salário na Região Sudeste (R$ 1.146,88) e o pior na Região Nordeste (R$ 510,00) por igual carga horária.

O Consad não divulgou resultados por estado. Preferiu fazê-lo por regiões, como forma de evitar “possíveis pressões políticas em alguns casos”, de acordo com Sérgio Ruy. Ele admitiu, entretanto, que o fato de o Centro-Oeste pagar salários mais altos para delegados, escrivães e policiais deve-se aos altos salários pagos no Distrito Federal, com recursos do Orçamento da União. Em fim de carreira, um delegado da região recebe vencimentos médios de R$ 31,866 mil, contra R$ 19,192 mil no Sudeste e R$ 16,8 mil no Nordeste.

A pesquisa não inclui dados das regiões Norte e Sul porque apenas os estados do Acre e de Santa Catarina forneceram informações, o que não garante mostra para média regional. Mas o universo pesquisado representa 75% da população do país. “Isso nos permite ter um retrato muito próximo da realidade”, disse Sérgio Ruy. Realidade que será mais atualizada com a segunda pesquisa que o Consad está fazendo, com base em salários de abril último, e que deve ser divulgada em julho.

É um trabalho importante para mostrar as desigualdades entre remunerações dos funcionários públicos, que servirá de subsídio para a definição de políticas de desconcentração de renda e, com certeza, vai fazer com que todos os estados se engajem ao processo, de acordo com o presidente do Consad. Realizada pela Fundação João Pinheiro, a pesquisa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Gestão para Resultados nos Estados e no Distrito Federal, subsidiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Divulgada durante o 4º Congresso Consad de Gestão Pública, que ocorre desde quarta-feira (25), no Centro de Convenções, em Brasília, e terminará hoje (27), a pesquisa salarial contou com informações do Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, do Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, da Bahia, de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.

24
mar

Caixa terá novo comando

Postado às 17:14 Hs

A presidente Dilma Rousseff decidiu mudar o comando da Caixa Econômica Federal, como antecipou a Folha em sua edição de 2 de março. A atual presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, entregou seu cargo ao Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Para seu lugar, o PT indicou ao menos dois nomes, Jorge Hereda, atual vice-presidente de governo, e Clarice Coppetti, vice-presidente de Tecnologia.

Hereda, porém, é hoje o nome mais forte. A expectativa é de que o martelo seja batido nas próximas horas.

Maria Fernanda vai representar o Brasil no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

A mudança na cúpula da Caixa ocorre após o escândalo de fraudes no Banco Panamericano, adquirido pelo banco estatal no final de 2009.

Quatro vice-presidências também deverão ser trocadas, entre elas a de Finanças, hoje ocupada por Márcio Percival, cargo que coordenou a compra de metade do banco, que pertencia ao empresário Silvio Santos.

Dilma aproveitará a mexida para acomodar o PMDB. O ex-ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) vai assumir uma das vice-presidências, provavelmente a de Loterias.

14
dez

Mais financiamentos…

Postado às 8:43 Hs

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai dispor de mais US$ 3 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investir em financiamentos de micro, pequenas e médias empresas brasileiras.

O contrato foi assinado ontem (13), na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, e terá contrapartida de igual valor da instituição brasileira, o que eleva o total de recursos para o setor de micro e pequenas companhias para US$ 6 bilhões.

A primeira parcela do empréstimo, no valor de US$ 1 bilhão, terá prazo de vencimento de 20 anos, com quatro anos e meio de carência. Segundo a assessoria do BNDES, a expectativa é que os recursos sejam desembolsados ainda em 2010.

Esse é o segundo Convênio de Linha de Crédito Condicional (Ccplic) firmado entre as duas instituições no valor de US$ 3 bilhões para as micro, pequenas e médias empresas do Brasil. O primeiro foi assinado em agosto de 2005.

Poderão ser financiados projetos de ampliação, instalação e modernização de micro, pequenas e médias empresas. A expectativa é que o primeiro programa desse segundo contrato com o BID beneficie cerca de 100 mil empresas em 220 mil operações de repasse.

Desde 1996, o BID apoia programas do BNDES de financiamento para as micro, pequenas e médias empresas brasileiras. Até agora, foram viabilizados sete programas, no montante de US$ 6,7 bilhões em empréstimos do BID.

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