05
fev

Vitória de Helena Calmon

Postado às 10:45 Hs

eliana 6 X 5: a sofrida vitória de Eliana Calmon


A Justiça venceu. Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão histórica na noite desta quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012: devolveu ao Conselho Nacional de Justiça o poder para investigar juízes sem pedir licença para ninguém nem esperar decisões dos tribunais regionais.

Esta é a melhor manchete do ano, uma belíssima notícia para a democracia brasileira, que renova as nossas esperanças de viver num país decente em que todos são iguais perante a lei, inclusive, e principalmente, os encarregados de zelar pelo cumprimento das leis.

Parecia até uma conquista do Corinthians, tão sofrida foi a vitória da corregedora Eliana Calmon em sua luta contra o corporativismo das associações de magistrados para restabelecer a dignidade e a credibilidade do Poder Judiciário.

Foi uma vitória não só dela e do CNJ, mas uma vitória da cidadania a ser comemorada por todos nós. Foi a vitória da transparência contra a caixa-preta do Judiciário. Foi a vitória da igualdade de direitos contra os privilégios de uma casta que se julga inimputável.

“Até as pedras sabem quer as corregedorias locais não funcionam quando se trata de investigar seus próprios pares”, resumiu o ministro Gilmar Mendes, um dos seis que votaram a favor da autonomia do CNJ e derrubaram a liminar concedida por Marco Aurélio Mello, no final do ano passado, suspendendo as investigações da corregedoria nacional em 22 tribunais estaduais.

Acabou assim o que chamo de “justiça do compadrio” em que os malfeitos de um juíz só podiam ser julgados pelo colega da sala ao lado, o que levou a corregedora Eliana Calmon a declarar em setembro do ano passado:

“A magistratura está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás das togas”.

Alguns togados e suas entidades sindicais não gostaram e partiram para o confronto com Eliana Calmon, abrindo uma crise no Judiciário. Ao saber do resultado da votação no STF, Calmon desabafou: “O que mais me incomodou foi a posição das associações de juízes ao me acusarem de ter cometido crime. Isso quase me desestabilizou. Era querer minar minha credibilidade no Judiciário. Me deixou muito amolada”.

Depois de utilizar os mesmos argumentos do polêmico e contestado colega Gilmar Mendes, de quem costuma divergir, o ministro Joaquim Barbosa defendeu o CNJ, que na sua opinião vem produzindo resultados importantíssimos: “As decisões do conselho passaram a expor situações escabrosas do Judiciário”.

Para os registros históricos, assim votaram os ministros do STF:A favor do poder de investigação ampla do CNJ, além de Mendes e Barbosa, os ministros José Dias Toffoli, Carlos Ayres Brito, Carmen Lúcia e Rosa Weber;

Votos contrários: Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Luiz Fux e Cezar Peluso, presidente do STF e do CNJ, o grande derrotado desta batalha que durou dois dias e recuperou a nossa confiança na Justiça brasileira.(R7 – Balaio do Kotscho)

04
fev

Negativas

Postado às 12:49 Hs

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, disse hoje (3) que a entidade não saiu derrotada com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na investigação de juízes. Segundo ele, o julgamento ainda não terminou, o que significa que alguns pontos podem ser “aperfeiçoados”.

A AMB entrou, no ano passado, com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a resolução 135 do CNJ, que dispõe sobre procedimentos administrativos contra magistrados no país. A resolução está sendo votada, artigo por artigo, pela Suprema Corte desde a última quarta-feira (1º). Alguns artigos ainda não foram apreciados pelos ministros.

“O julgamento ainda não terminou. Há alguns pontos que podem ser aperfeiçoados. Há muita coincidência de opiniões entre os ministros. E há um ponto levantado pelo ministro Luiz Fux, que eu acho importante. Ele diz que deve haver a fundamentação para que haja a instauração do processo perante o CNJ. Acho que isso ainda pode ser construído até o final do julgamento”, afirmou Calandra.

De acordo com ele, enquanto o julgamento não for encerrado e, mesmo depois de terminado, ainda há possibilidade de “manejos de embargos de declaração (pedidos de esclarecimentos à Corte)”. Um dos artigos contestados pela AMB, que foi votado ontem, se refere ao fato de que o CNJ pode investigar juízes suspeitos de ilícitos, independentemente das corregedorias dos tribunais.

A associação defende que o CNJ só seja acionado quando a corregedoria não atuar, mas o Supremo considerou que o conselho pode atuar de forma independente, sem a necessidade de aguardar por um posicionamento das corregedorias.

Fonte: IG

Deu na Agência Brasil

Ao fazer um balanço das atividades do Judiciário nos últimos anos, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, disse que, apesar de “permeáveis”, as instâncias judiciais “não devem ser subservientes” às opiniões da sociedade.

“O STF teve a firmeza necessária para em determinados momentos atuar contra a opinião majoritária, como no caso da união estável entre pessoas do mesmo sexo. O Supremo foi a favor da tese que desagradava à metade da população brasileira em diferentes graus”, disse hoje (1º) durante cerimônia de abertura do ano do Judiciário.

Peluso destacou que o trajeto percorrido desde a aprovação da Reforma do Judiciário, em 2005, “foi longo e pedregoso”. “Foi preciso boa dose de coragem para reconhecer fragilidades, confessar desacertos, confrontar carências e propor remédios viáveis.”

A criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a instituição da súmula vinculante e da repercussão geral, na opinião de Peluso, foram fundamentais no processo de conferir agilidade e modernização aos julgamentos.

O presidente do STF também destacou os mutirões carcerários, que, segundo ele, permitiram a libertação de 21 mil pessoas nos últimos 20 meses. “Cidadãos presos ilegalmente, sem prejuízo da concessão de incontáveis benefícios legais a que outros carcerados faziam jus”, disse.

À tarde, o STF terá a sua primeira sessão plenária. Na pauta de julgamentos está a ação protocolada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) que trata dos poderes de investigação do CNJ. O plenário deverá decidir se concorda com a decisão individual do ministro Marco Aurélio Mello, que limitou poderes do conselho no fim de 2011.

23
dez

Nos holofotes

Postado às 9:19 Hs

No auditório da *Folha*, Corregedora do CNJ, Eliana Calmon, durante debate sobre poder de investigação do conselho

Três das principais associações de juízes e magistrados do país afirmaram nesta quinta-feira que vão pedir à Procuradoria-Geral da República que investigue possível crime de quebra de sigilo de dados cometido pela corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon.

Uma varredura determinada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na movimentação financeira de servidores e magistrados do Judiciário está na origem da guerra deflagrada no mundo jurídico. Na última segunda-feira (19), o ministro Ricardo Lewandowski, em decisão liminar, suspendeu as investigações feitas pelo conselho.

Segundo as entidades, a quebra do sigilo de dados, sem ordem judicial, atingiu 231 mil pessoas –entre juízes, servidores e parentes destes.

Informa, ainda, que pedirão ao presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, que instaure uma correição imediata na corregedoria do CNJ para averiguar e apurar com rigor a quebra ilegal e inconstitucional.A nota conjunta divulgada nesta quinta-feira é assinada pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas).

Em entrevista nesta quinta-feira, Calmon negou que tenha realizado quebra de sigilo e que tudo realizado por sua equipe está dentro da lei.

Calmon argumentou que decidiu fazer investigações pontuais, com base em informações enviadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), em casos de movimentações consideradas atípicas –acima de R$ 250 mil.

A corregedora do CNJ ainda disse que as entidades são corporativistas e acusou as associações de divulgar informações “desencontradas e absurdas” de que ela estaria investigando mais de 200 mil pessoas, com a intenção de fazer um “verdadeiro linchamento moral”.(Folha)

22
dez

Em questão…

Postado às 17:47 Hs

A Advocacia Geral da União (AGU) entrou com mandado de segurança nesta quarta-feira (21) no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos dadecisão provisória que limitou a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

No mandado, a AGU afirma que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello “viola o Regimento Interno do Supremo Tribunal, bem como os princípios do colegiado e do devido processo legal”. A AGU também destaca o fato de a decisão ter sido tomada quando já havia começado o recesso do Judiciário.

“O dispositivo destaca que é atribuição do presidente do STF decidir questões urgentes nos períodos de recesso ou de férias”, diz nota da AGU.

Decisão provisória
Na decisão individual, o ministro Marco Aurélio entendeu que o conselho não pode atuar antes das corregedorias dos tribunais. Para ele, a competência de investigação do CNJ é subsidiária, ou seja, deve apenas complementar o trabalho das corregedorias dos tribunais.

Até agora, a corregedoria do CNJ funcionava de maneira concorrente aos tribunais, tendo capacidade de abrir investigações contra magistrados e puxar para si casos que tramitavam nos estados. Essa iniciativa, para Marco Aurélio, pode ser mantida sem ferir a Constitiuição, desde que haja uma justificativa, como prescrição e negligência na condução do processo.

19
dez

Limitações do CNJ

Postado às 21:40 Hs

Em decisão individual, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), limitou a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos processos administrativos contra magistrados. A ação é de autoria da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que acionou o STF contra uma resolução editada em julho pelo CNJ. De acordo com Marco Aurélio, o conselho só deve atuar para punir magistrados quando o caso já tiver sido encerrado na corregedoria local. O ministro esclarece, no entanto, que sua decisão não cancela o poder do CNJ de chamar para si a responsabilidade de julgar casos que não andam. ”Pode continuar avocando, desde que haja um motivo aceitável, e não pela capa do processo. O que não pode, em última análise, é atropelar o trabalho das corregedorias locais”, explicou o ministro.

A decisão ainda deve ser referendada pelo pleno do STF, que só volta a se reunir em fevereiro de 2012, mas já produz efeitos, enquanto isso. O ministro justificou a necessidade de urgência da sua decisão individual lembrando que o caso foi pautado no dia 5 de setembro e se manteve pronto para julgamento em 13 sessões, sem ser chamado. O poder de atuação do CNJ foi motivo de polêmica depois que a corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, disse que o julgamento favorável da ação da AMB abriria brechas para “bandidos escondidos atrás da toga”. A declaração foi divulgada na véspera do julgamento do caso pelo STF, e gerou repercussão na cúpula do Judiciário, que acusou a ministra de fazer declarações “levianas”. Desde então, o julgamento vem sendo sucessivamente adiado.

30
nov

Paralização

Postado às 14:15 Hs

Juízes federais e do Trabalho paralisaram suas atividades por um dia nesta quarta-feira (30). Os magistrados cobram aumento salarial e melhores condições de trabalho. Além da defasagem salarial, a categoria argumenta que trabalha sem garantia de segurança. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo menos 200 juízes estão sob ameaça de morte em todo o País.

Segundo a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a paralisação não vai afetar ações urgentes, como de concessão de benefícios previdenciários, de fornecimento de remédios pelo Serviço Único de Saúde (SUS), bem como ações criminais. Com a paralisação de um dia, cerca de 20 mil audiências em todo o País serão remarcadas.

A manifestação conta ainda com atos especiais em diversas cidades, debates e reuniões, como forma de chamar a atenção da sociedade para a falta de segurança no trabalho dos magistrados e para a desvalorização da carreira. “Se queremos um Judiciário independente e fortalecido, temos que lutar por isso. E isso passa pela garantia do poder de compra dos subsídios de um juiz, hoje defasado em quase 25%”, disse o presidente da (Anamatra), Renato Sant’Anna.

Na pauta das reinivindicação dos juízes federais, também contas o pedido por mais segurança para trabalhar, uma política previdenciária adequada e o respeito à Constituição na recomposição das perdas inflacionárias de seus vencimentos. Os 3600 juízes do trabalho fazem atos em seus Estados, organizados pelas associações regionais.

Fonte: Último Segundo

28
nov

Começou hoje…

Postado às 23:00 Hs

Começou hoje (28), em todo país, a Semana Nacional de Conciliação, organizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A iniciativa visa a resolver conflitos judiciais de forma mais rápida por meio de acordos entre as partes envolvidas em processos.

Até sexta-feira (2), réus e processantes participarão de audiências de conciliação convocadas pela Justiça. A maioria das ações judiciais que serão discutidas nessas sessões envolverá as empresas e as instituições mais processadas do país, entre elas, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Caixa Econômica Federal (CEF).

A expectativa do CNJ é que o esforço concentrado sirva para encerrar com acordos cerca de 170 mil processos que tramitam atualmente na Justiça.

28
ago

Lista Negra

Postado às 11:23 Hs

De acordo com informações divulgadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) subiu de 100 para 134 o número de juízes ameaçados em todo o país. Ainda na semana passada, a Corregedoria Nacional de Justiça divulgou a primeira lista e também um novo balanço resultado de um encaminhamento de informações de outros tribunais. Foi realizado um pedido pela corregedoria em junho aos tribunais estaduais e regionais federais para que seja feita uma atualização dos dados. Ou seja, antes mesmo da morte da juíza fluminense Patrícia Aciolli.

Os nomes dos 34 juízes que foi acrescentado recentemente à lista dos ameaçados são provenientes de seis estados brasileiros, Rondônia, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Alagoas, Amazonas. O CNJ e o Supremo Tribunal Federal deve ainda fazer um mapeamento geral da situação de todos os ameaçados. O STF declarou que anteriormente existia uma cultura de passividade e os tribunais sempre pensavam que nunca iria acontecer nada, e as escoltas aos juízes eram fornecidas apenas em último caso.

A Corregedoria ainda afirmou que um grupo formado por diversos conselheiros do CNJ esta pronto para estudar o problema e reavaliar todas as resoluções e medidas que foram estabelecidas pelos tribunais e que dizem respeito à segurança e proteção dos magistrados.

A nova tarefa do CNJ é traçar uma nova linha que organize os tribunais, por isso é necessário investimentos no serviço de inteligência para que a proteção dos juízes consiga ser realizado. O CNJ ainda falou que ainda existem juízes escoltados por policiais que são réus em processos que foram julgados pelo próprio magistrado.

Fonte: Notícias BR

13
ago

Polêmica

Postado às 11:32 Hs

O deputado estadual do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PP) disse nesta sexta-feira, 12, em seu perfil no Tiwtter (@flaviobolsonaro), que a juíza executada em Niterói na noite de ontem, Patrícia Acioli, “humilhava” os réus que interrogava e que isso teria contribuído para ela adquirir “desafetos” durante a carreira.

“Que Deus tenha essa juíza, mas a forma absurda e gratuita com que ela humilhava policiais nas sessões contribuiu para ter muitos inimigos”, escreveu o político, filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP). Após receber possíveis críticas pelo comentário, ele esclarece: “Repudio a morte da juíza, apenas disse que ela teria muitos inimigos, não pelo exercício da profissão, mas por humilhar gratuitamente réus.”

Flávio cita exemplos de reclamações que recebia sobre o suposto tratamento grosso de Patrícia para com os réus. “Cansei de receber em meu gabinete policiais e familiares, incentados (sic) por ela, acusando-a de chamá-los de ‘vagabundo’ e ‘marginal’ nas oitivas. (Eu) orientava sempre que deveriam formalizar denúncia no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra ela, por abuso de autoridade, nunca para tomar atitude violenta.”

Por outro lado, colegas de profissão, como o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, ressaltam a coragem de Patrícia ao confrontar grupos criminosos, apesar de não falar de seus métodos. “Enfrentava grupos perigosos que atuavam na região: milícias, bicheiros e quadrilhas de transporte clandestino”, disse.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também aponta o bom trabalho que a magistrada fazia na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Baixada Fluminense. “Realizava exemplarmente o seu trabalho no combate ao narcotráfico em defesa da sociedade”, afirma em trecho da nota divulgada.

Patrícia Acioli foi morta dentro do carro com vários tiros quando se aproximava da entrada do condomínio onde morava, em Niterói. Ela foi surpreendida por homens utilizando toucas ninja ocupando duas motos e dois carros. A polícia acredita que o crime tenha sido encomendado.

Fonte: Estadão

22
jun

Mesmo no Calor

Postado às 7:51 Hs

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu ontem (21) que os advogados devem usar terno e gravata nos tribunais, a não ser que haja autorização em sentido contrário dos tribunais locais. O CNJ respondeu a um pedido da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), que pedia que a própria OAB determinasse a forma de os advogados se vestirem.
A ação da OAB-RJ pedia o fim da obrigatoriedade do uso do terno e gravata para os advogados do Rio de Janeiro durante o verão, quando as temperaturas atingem 40 graus Celsius (ºC).
Apesar de fazer referência apenas ao Rio de Janeiro, o pedido era embasado em uma regra geral da advocacia. De acordo com o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, o Estatuto da Advocacia diz que cabe à OAB regular a forma de vestir dos advogados. A OAB-RJ propunha que os advogados pudessem usar calça e camisa social nas cidades mais quentes.
Há dois anos, a OAB-RJ baixou portaria dispensando os advogados do uso de terno e da gravata no verão. No verão de 2009/2010, muitos profissionais foram impedidos de circular nos tribunais por este motivo e a entidade levou o caso ao CNJ.
Em um primeiro momento, o conselheiro Felipe Locke determinou que não cabia ao CNJ dispor sobre a vestimenta dos advogados. No verão de 2010/2011, os tribunais dificultaram o trânsito de advogados, e a OAB-RJ acionou o CNJ novamente.
13
jun

Adolescentes em cana

Postado às 22:03 Hs

Dos 345 mil brasileiros que cumprem algum tipo de pena, 17,4% são crianças e adolescentes com menos de 18 anos, distribuídos em 350 unidades de internação. Os dados são da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). Ao total, 60 mil adolescentes desse grupo cumprem medidas socioeducativas, e 14 mil estão em regime fechado.

São internados os adolescentes que cometem crimes mais graves como homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) ou assalto a mão armada. Cerca de 70% desses jovens voltam a praticar crimes após deixar as unidades de internação.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) visitou praticamente todas as unidades socioeducativas do país. Só faltam as de São Paulo, que serão avaliadas em agosto. Para o juiz do CNJ, José Dantas, que acompanhou as visitas, os resultados apresentados até agora na maioria dos estados vão de encontro ao que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor há quase 21 anos. (Fonte: Revista Época)

04
Maio

Novo horário

Postado às 19:51 Hs

Os Tribunais de Justiça de todo o país terão 60 dias para se adaptar ao novo horário de atendimento ao público, segundo resolução 130 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), publicada ontem (03). A regra determina que o atendimento ao público deve ser feito de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no mínimo. Segundo o CNJ, a resolução também permite a adoção da jornada de oito horas diárias, em dois turnos, com intervalo para o almoço, “no caso de insuficiência de recursos humanos ou de necessidade de respeito a costumes locais”.

A nova redação tem o objetivo de atender à necessidade de pequenas unidades do Judiciário, com número insuficiente de servidores. O objetivo é adequar a norma à realidade de algumas unidades da Justiça que possuem apenas dois ou três funcionários.

31
mar

Gastos Elevados

Postado às 21:12 Hs

Mesmo gastando mais do que previsto, o Poder Judiciário gerou um estoque de quase um milhão (exatos 989.321) de novos processos sem julgamento em 2010, quando a meta definida era não acumular nenhum processo proposto à Justiça durante o ano. Assim, o número de casos não julgados deve passar dos 86,5 milhões registrados em 2010.

Os números fazem parte de levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aos quais o Estado teve acesso. A avaliação da produtividade da Justiça será divulgada oficialmente hoje, 27 dias antes da greve por melhores salários marcada por juízes federais. A categoria quer reajuste de 14,79%, e o porcentual seria estendido a todos os magistrados que tiveram a performance avaliada. Entre as metas fixadas no ano anterior pelo CNJ , estava a redução de 2% do consumo de energia elétrica, telefone, água, papel e combustível.

A realidade ficou bem distante da meta. Os custos do Judiciário com esse tipo de insumo cresceram 17%. O CNJ atribui o aumento de gastos a atividades típicas do ano de eleições.

Metas. Foi o segundo ano em que o trabalho do Judiciário foi acompanhado por meio de metas previamente definidas e que tinham por objetivo avaliar a qualidade da prestação de serviços pelo Poder.

23
mar

Tem muito ainda a avançar…

Postado às 8:47 Hs

Balanço do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgado ontem aponta que, em quatro anos, 9.715 pessoas foram presas em flagrante com base na Lei Maria da Penha, que pune a violência doméstica contra a mulher. O balanço considera processos distribuídos nas varas e juizados especializados no tema desde a entrada em vigor da lei, agosto de 2006, até julho de 2010. No período, foram distribuídos mais de 330 mil processos envolvendo a lei, mas apenas um terço –111 mil– resultou em decisão. Além dos presos em flagrante, o balanço aponta que foram decretadas 1.577 prisões preventivas.

Apesar do objetivo inicial da lei ser proteger as mulheres, alguns juízes já usam a lei para julgar processos envolvendo casais homossexuais. O balanço ainda é parcial, pois atualmente o CNJ não possui informações detalhadas de todas as varas e juizados especializados no país –são 52 unidades em todos os Estados, exceto Sergipe, Paraíba e Rondônia. Segundo o CNJ, Paraíba e Rondônia prometeram instalar uma unidade em curto prazo. Nos locais onde não há unidades especializadas, as varas criminais acumulam competência para processar e julgar os procedimentos da Lei Maria da Penha. Os números podem ser maiores, já que os tribunais de muitos Estados catalogam processos e decisões de forma diferente.

Para corrigir as distorções, o CNJ realiza estudos para padronizar as informações em todo o país. A estrutura do Judiciário envolvida no atendimento às mulheres nas unidades especializadas contava, no período, com 480 pessoas entre juízes, servidores, psicólogos e assistentes sociais.

04
jan

Padronização de Certidões

Postado às 21:27 Hs

A Casa da Moeda do Brasil, em parceria com a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça, padronizam a partir de amanhã (5) certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil. Os documentos serão confeccionados em papel especial com marca d’água, microletras, e a impressão será feita pelo mesmo processo das cédulas de dinheiro que aumenta a segurança contra falsificações.
Os funcionários dos cartórios de todo o país passarão por cursos de capacitação e a instituição receberá um kit com computador, sistema de impressão para a emitir documentos e uma certificação digital da Casa da Moeda. O objetivo é unificar todos as certidões do país e evitar a falsificação.

“Os elementos que passam a existir nas certidões são importantes para garantir a cidadania das pessoas e são as mais seguras do mundo, por motivo de incorporar cédulas que evitam a falsificação”, ressaltou Luís Felipe Denucci, presidente da Casa da Moeda do Brasil.
O formulário para preenchimento das certidões que sairá da Casa da Moeda será único e terá uma numeração. Os cartórios definem a finalidade do formulário e a numeração, que também serão controlados pelo Ministério da Justiça e CNJ.

10
nov

Punição para Juiz

Postado às 8:33 Hs

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu ontem (9) punir o juiz Edilson Rodrigues, que atua em Sete Lagoas (MG), por fazer declarações preconceituosas à Lei Maria da Penha em suas decisões. O magistrado afirmou em sentenças que a lei tem “regras diabólicas”, é um “monstrengo tinhoso” e que as “desgraças humanas começaram por causa da mulher”.

Por nove votos a seis, o magistrado foi colocado em disponibilidade por dois anos, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, a terceira punição disciplinar mais grave segundo a Lei Orgânica da Magistratura. Ele pode pedir sua reintegração após esse período.

O CNJ abriu um procedimento para apurar o caso no fim de 2009, após constatar que o magistrado se negava a aplicar a norma, que entrou em vigor em 2006, em casos de violência doméstica contra a mulher.

Edilson Rodrigues se defendeu por meio de nota afirmando que combatia “um feminismo exagerado, que negligencia a função paterna”. E questionou a decisão do CNJ afirmando “como se pode pensar em punir um magistrado por expressar a sua visão sobre assunto tão polêmico e inclusive expressado com fundamentação jurídica?”

Para o presidente em exercício do CNJ, ministro Carlos Ayres Britto, o juiz é independente tecnicamente para proferir a decisão, mas o magistrado em questão “resvalou para o campo da incitação ao preconceito”.

15
set

Ainda muito lenta…

Postado às 17:08 Hs

Mais de 71% dos processos recebidos pela Justiça brasileira em 2009 não foram solucionados. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, a chamada taxa de congestionamento da Justiça brasileira, que mostra quantos processos deixaram de ser julgados, tem se mantido estável, em torno dos 70%, desde 2004.

“A Justiça do Trabalho é que atende com mais celeridade, tem uma taxa de congestionamento de 49%. A mais morosa, e mais demandada, é a Justiça estadual, que tem taxa de congestionamento de quase 80%. O maior gargalo são os processos de primeira instância”, afirmou o ministro.

No ano passado, tramitaram na Justiça brasileira 86,6 milhões de processos, sendo 25,5 milhões de novos casos. O total representa um aumento de quase 20% no número de processos recebidos em relação a 2008.

Segundo dados do CNJ, a produtividade dos juízes aumentou em 2009: no ano passado, cada magistrado julgou, em média, 1,4 mil processos, valor 3,6% maior que o registrado em 2008. O número de juízes por habitante também aumentou, mas o ministro Cezar Peluso o considerou insuficiente. “Em 2009, nos ramos federal, estadual e municipal, tivemos, em média, oito magistrados para cada 100 mil habitantes. Mas em países como Espanha e Portugal, esse número chega a 18 juízes para cada 100 mil habitantes”, disse.

abr 25
quinta-feira
02 46
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
88 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.953.773 VISITAS