Por Helio Fernandes

Se tudo o que disse, repetido intensamente por rádios, jornais e televisões, for verdade, ele tem que ser imediatamente incluído nas pesquisas presidenciais. Fora e antes dessa entrevista, é uma renovação verdadeira, com um currículo sedutor, a justificar toda e qualquer esperança. E a consolidar a ânsia de recuperação.

Ele preenche todos os requisitos morais e intelectuais. Professor de Direito Constitucional, com mestrado e pós-graduação na França e EUA. Atuante, vários anos ministro do TSE. Jamais teve um julgado seu contestado, mesmo nas questões mais polêmicas.

ENTREVISTA-VERDADE – Em relação ao caráter, não existe a menor restrição, qualquer acusação ou dúvida sobre sua atividade. Em quase 40 anos, uma parte desse tempo, vivendo e convivendo num país inteiramente dominado pela mais criminosa e escandalosa corrupção. Como a entrevista-verdade do Ministro provocou um furacão encomendado contra ele, examinemos com total isenção, as acusações sobre a PM e o governador Pezão, e os que saltaram na arena, em defesa do crime organizado.

Primeira ofensiva contra o Ministro da Justiça: ele não apresentou provas, falou por falar. Ora, as provas estão a céu aberto, na Rocinha, na PM, na Secretaria de Segurança do Pezão, ocupada por um falastrão que não faz nada. Faltam provas. O ministro não escondeu nada, revelou nomes e sobrenomes. Por que não desmentiram?

A maior revolta: ele criticou o fato de que, apesar de haver dezenas e dezenas de coronéis da ativa, só conseguiram preencher o cargo de comandante-geral com um coronel aposentado.

COBRAR ROYALTIES – O ministro acentuou a ligação da PM com o crime organizado. Ora, isso é tão evidente e notório que eu devia cobrar royalties.

Quando o centésimo PM foi morto, comentei: desses 100, 72 estavam de folga, foram mortos quando almoçavam ou jantavam no restaurante predileto. Perguntei ingenuamente: como os traficantes sabiam? Aliás, deviam deixar de chamar esses bandidos de traficantes, a receita com drogas vem hoje em quinto lugar.

Faturam, comprovadamente 15 milhões por semana, 60 milhões por mês, nada mal. 1- Gato de energia. 2- Gato de TV. 3- Controle da distribuição de gás. 4- Participação em todos os negócios das favelas. 5- Venda de drogas. O ministro coloca de forma ingênua, sem afirmar mas deixando a resposta em aberto: existe uma autorização informal para que as coisas funcionem assim? A resposta é óbvia: o desgoverno oficial estimula, favorece e protege o “crime organizado”.

Por Antonio Fallavena

Infelizmente, a leitura que é feita hoje, relativamente à escola, é equivocada. Quando Leonel Brizola falava em escolas, nos anos 50 e, posteriormente, Darcy Ribeiro se associou à luta, nosso país era outro, nossa sociedade muito diferente. As décadas passaram e, embora o foco educacional continuasse a ser o mesmo, o uso e a necessidade das escolas foram mudando. Apenas para lembrar os de minha idade ou mais e os das gerações que nos seguiram, foi a partir do final da década de 70 e nas posteriores, com maior ênfase, que a sociedade mais mudou.

TUDO MUDOU – A partir daquele momento (final dos anos 70 aos dias atuais), algumas “pequeninas coisas” sofreram alterações profundas. A droga se espalhou, atingindo da criança aos idosos; a liberdade sexual total; a gravidez infantil e adolescente, descontrolada; a desagregação familiar; a “deterioração” da educação caseira; a perda de qualidade da escola, notadamente no ensino público, expandido pelo necessário acesso de quase a totalidade das crianças e adolescentes, entre outras mudanças na sociedade. Ora, ouso dizer que estamos, hoje e para os próximos anos, necessitando mais de prisões do que de escolas, conforme Leonel Brizola e Darcy Ribeiro previram, com impressionante exatidão.

INSEGURANÇA – Hoje, o crime organizado está dando uma surra no Estado brasileiro, fazendo vítimas e escravos a cada dia. A corrupção ampliou-se e qualificou-se, causa prejuízos incalculáveis. As instituições públicas, em sua imensa maioria, desqualificadas e prestando serviços deficientes. São várias as pontas soltas. Já não se sabe de quem é a responsabilidade pela educação das crianças. Será da escola? – pergunto eu. E o Estado brasileiro tem moral para tal? Se a responsabilidade for da escola, a situação se agravará, dia após dia. E se for dos pais/mães? Considerando-se que a maior demanda é por escolas infantis, a situação se agravará, dia após dia, pois a verdade é que as famílias estão terceirizando a educação.

NÃO FALTA ESCOLA – Com certeza, hoje não nos faltam escolas! Não nos faltam professores! O que falta é ensino nas escolas, assim como educação nos lares. Com o devido respeito, estão equivocados os que pensam que a escola corrigirá os erros de nossa sociedade. Ela precisa oferecer ensino de qualidade às crianças brasileiras. Bem, já quanto à educação propriamente dita, o furo é mais embaixo, muito mais embaixo. Nosso problema maior está em educar as crianças, os futuros cidadãos. E isto só será possível se “enquadrarmos” os adultos. Fico imaginando como educar uma criança que assiste pai, mãe, tios e etc., fazendo tanta coisa errada, desrespeitando vizinhos, parentes e demais da sociedade, corrompendo leis e valores, sob o olhar das próprias crianças, seus filhos, sobrinhos etc.

O exemplo é a única forma de transferência de valores. Quem não os tem repassará o quê? Simples assim. Se é que desejamos uma sociedade melhor, precisamos reformar educação e ensino, ao mesmo tempo.

Guerra à vista: um futuro que ameaça todo o País

 

O cenário descrito no texto abaixo, de Vasconcelos Quadros, no blog Poder Online dá bem uma ideia do que aguarda a população não só em São Paulo mas em todo o País, tendo em vista o efeito cascata do mal em todo o País:

 ”Em depoimento à Comissão de Segurança da Câmara, o coronel da reserva da Polícia Militar paulista, Elias Miler, deixou uma preocupante avaliação sobre o PCC, a organização que está escancarando a fragilidade do estado brasileiro com a matança de policiais e cidadãos.

 “Antes eles (os criminosos) eram presos; depois eles passaram a trocar tiros; agora eles estão executando os policiais”, disse o coronel para definir: a polícia paulista já considera o PCC um grupo preparado para a guerrilha urbana, com ramificações incipientes em partidos políticos.

 Com dados sobre a cronologia dos ataques, Miler ressaltou que as ações de envergadura ocorrem sempre às vésperas de eleições. E afirmou que o direito ao voto estendido ao preso sem condenação definitiva e a adolescentes infratores virou uma ferramenta do PCC nos presídios paulistas.

 As táticas de planejamento, organização, execução e domínio de territórios foram, segundo o militar, copiadas do convívio com o Comando Vermelho e com os criminosos que sequestraram o empresário Abílio Diniz.

 Um dos líderes do PCC, Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, esteve preso na Penitenciária do Estado, no extinto Complexo do Carandiru, em São Paulo no mesmo período em que lá cumpriram pena sequestradores de Diniz. Todos eles pertenceram a organizações da esquerda armada da América Latina.

 O coronel diz que o despreparo e a maneira confusa com que os governos vêm tratando a segurança está ocasionando um fenômeno: “o estado está ajudando a organizar o crime desorganizado”.


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