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Eleições 2018: Partidos do chamado “centrão” estão mais para Alckmin do que Ciro Gomes
Postado às 11:35 Hs
Depois da mais recente rodada de negociações, o DEM e seus aliados —PP, PR, Solidariedade e PRB— ficaram mais próximos de Geraldo Alckmin do que de Ciro Gomes. Mas o apoio ao tucano não será automático.
A disposição de Ciro de rediscutir métodos e programas trincou o autoproclamado centro político. Para arrastar o tempo de propaganda do bloco, Alckmin terá de molhar a camisa. O primeiro desafio é se recompor em São Paulo, onde perdeu terreno para Jair Bolsonaro e Marina Silva.
A decisão do blocão pode sair mais cedo do que se imagina, antes do término da Copa do Mundo, marcado para 15 de julho. É grande o esforço dos ex-aliados de Michel Temer para permanecer juntos. Mas não está descartada a hipótese de uma cisão.
Se o grupo optar majoritariamente por Alckmin, o senador piauiense Ciro Nogueira pode levar o seu PP para a coligação de Ciro Gomes. Por outro lado, se a maioria pender para Ciro, o PR de Valdemar Costa Neto e o PRB da Igreja Universal cogitam permanecer com Alckmin.
Via JOSIAS DE SOUZA
Sob o comando do senador Ciro Nogueira (PI), o PP se uniu ao DEM com a estratégia de acumular cacife para negociar com presidenciáveis. Hoje, o piauiense e o presidente do Democratas, ACM Neto, são os principais incentivadores da manutenção da pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A explicação para o movimento dos dois é simples: enquanto Maia estiver entre as opções, eles não precisam definir um rumo e postergam eventual desgaste com antigos aliados.
PP e DEM só querem anunciar que candidatura vão apoiar ao Planalto em julho. De preferência pouco antes do dia 15.
DEM entra na disputa para indicar novo ministro das Cidades; PMDB e PSD também querem cargo.
O líder do DEM na Câmara Federal, Efraim Filho, afirmou nesta terça-feira (14), à reportagem do ‘Estadão’, que seu partido tem interesse de indicar o novo ministro das Cidades, após Bruno Araújo (PSDB) entregar o cargo. “É uma disputa natural e legítima, por ser um ministério que gera uma pauta positiva nos Estados”, disse ao ressaltar que o partido tem expertise na área, pois comanda secretarias estaduais de Habitação em São Paulo e no Paraná.
Além do DEM, o PP, PMDB e PSD estão na disputa pelo comando do Ministério das Cidades. Apesar de estar em 11º lugar no ranking de orçamento da Esplanada (R$ 10,1 bilhões), a pasta comanda programas com impacto direto nas bases eleitorais, como construção de moradias, redes de esgoto e transporte urbano.
O cargo de ministro das Cidades ficou vago após Araújo pedir demissão, alegando não possuir mais apoio interno no PSDB para permanecer no cargo. Visando às eleições do próximo ano, o partido já anunciou que deve desembarcar oficialmente do governo Michel Temer em breve. A sigla ainda comanda Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos. O comando de Cidades era cobiçado antes mesmo da saída de Araújo. Com a demissão, porém, a pressão aumentou. Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) já colocou seu nome para a vaga. Ele ressaltou que tem experiência na área, por ter sido secretário estadual de Habitação. Na bancada do PSD, parlamentares defendem o nome do ministro Gilberto Kassab, hoje na Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para o cargo.
Partido vai dissolver diretórios para alojar novos quadros
A cúpula do DEM conseguiu equacionar a divisão de poderes no último Estado que ainda oferecia resistências à entrada de nomes do PSB no partido, o Mato Grosso. Agora, espera apenas que os nove dissidentes socialistas formalizem a intenção de migrar para os seus quadros para iniciar a dissolução do diretório nacional, dos estaduais e dos municipais a fim de alojar os novos parlamentares em postos estratégicos. O Democratas, que tem 29 deputados, vai ampliar a bancada em um terço.
O fim dos debates sobre as denúncias contra o presidente Michel Temer fez o DEM retomar as articulações para atrair parlamentares de outras siglas. O partido tem pronto o esboço do manifesto que vai nortear sua refundação. O texto será submetido à Executiva Nacional, assim como a intervenção nos diretórios.
A legenda quer se apresentar como uma alternativa aos extremos. Na economia, defenderá as reformas e estimulará o empreendedorismo. A agenda social será guiada pela defesa da educação e terá como vitrine a reforma do ensino médio, conduzida pelo ministro Mendonça Filho (PE).
Fonte: Coluna Painel, da Folha de S.Paulo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, um aumento de 42,8% no valor cobrado pela bandeira vermelha no patamar 2. A taxa extra na conta de luz cobrada nesse caso sairá de R$ 3,50 para R$ 5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos. A decisão já valerá para o mês de novembro, quando essa bandeira deve continuar em vigor.
- Com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e por 19 votos a 1, o plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte decidiu, nesta terça-feira (24), pela não manutenção da cautelar que afastava o deputado Ricardo Motta (PSB) das funções legislativas. A votação autoriza o retorno das atividades do deputado na Casa Legislativa. Nacionalmente, a suprema corte entendeu, em 11 de outubro, que cabe ao Legislativo a palavra final sobre a suspensão de mandato parlamentar. “Analisamos cuidadosamente a matéria e observamos com atenção as normas constitucionais, tanto estaduais quanto federais, que tratam das regras do sistema eleitoral, da imunidade e da inviolabilidade de parlamentar, por isso entendemos ser razoável a sua aprovação”, disse em Plenário o deputado Souza (PHS), que proferiu parecer sobre a questão. A solicitação jurídica foi feita pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), para que a Assembleia procedesse tal qual o Senado Federal, colocando em votação a ratificação ou não da medida cautelar.
- A Procuradoria da Câmara Municipal de Natal pediu mais 24 horas para se posicionar sobre a volta do vereador afastado Raniere Barbosa (PDT). E a votação da proposta do vereador Cícero Martins (PTB), para definir sobre a volta de Raniere, com base na decisão do STF que permitiu o retorno de Aécio Neves (PSDB), ficou, inicialmente, remarcada para amanhã.
- O deputado estadual Dison Lisboa foi condenado pela Justiça do Rio Grande do Norte a perder o cargo público na Assembleia Legislativa. A condenação é decorrente do processo que apurou a prática de improbidade administrativa por parte de Dison quando ele era prefeito da cidade de Goianinha. “Ressaltando que tal sanção deve ser aplicada imediatamente, na medida em que é inadmissível alguém condenado por improbidade administrativa, com análise das provas em cognição exauriente, continuar a ocupar funções públicas com a possibilidade de causar prejuízo ao povo”, argumenta o juiz Marcus Vinícius Pereira Júnior, da Comarca de Goianinha. De acordo com explicação da assessoria de comunicação do TJ, o juízo da comarca comunicará à Assembleia Legislativa sobre a decisão, que deve decidir pelo afastamento ou não de Dison Lisboa.
- Cinco deputados, incluindo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, desfiliaram-se do PSB hoje, informa a Coluna do Estadão. A desfiliação acontece três dias antes da reunião em que eles deveriam ser expulsos do partido, marcada para esta sexta (27). Todos votaram a favor da reforma trabalhista do governo Temer, contrariando a orientação do PSB. Os cinco –Coelho, Tereza Cristina, Fábio Garcia, Danilo Forte e Adilton Sachetti– estudam migrar para o DEM.
O jantar de ontem parece ter selado o destino do prefeito de São Paulo, João Dória Júnior. A corrida presidencial ganha um nome extremamente forte, que sabe se comunicar e que tem todas as condições de empolgar o eleitorado. A frase postada pelo senador Ronaldo Caiado, na legenda da foto em sua página no Facebook, é reveladora.
“Jantar agradável com o prefeito de São Paulo, João Doria. Acelera, Democratas!”
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), convidou integrantes da cúpula do DEM para um jantar, amanhã, em sua residência, na capital paulista.
O convite é mais um gesto político do tucano em busca de apoio para viabilizar uma eventual candidatura sua à Presidência da República em 2018. O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), confirmou o convite.
“Esse jantar está previsto, sim”, afirmou. O parlamentar potiguar, porém, disse que não poderá comparecer, pois está de licença do Senado para tratamento médico. Outros democratas, como o prefeito de Salvador, ACM Neto, porém, já confirmaram presença.
# Reforma política será definida na semana que vem
A semana que vem será decisiva para a reforma política. Caso queiram que ela comece a funcionar em 2018, os deputados terão que chegar a algum consenso sobre o sistema eleitoral. Acordo fechado entre lideranças da Casa prevê que o plenário vote a partir de terça-feira (12) a PEC 77, que define o sistema eleitoral a ser adotado para a escolha de deputados e vereadores e ainda cria um fundo de financiamento eleitoral com recursos públicos. Em seguida, vão para a votação da PEC 282, que acaba com as coligações e estabelece a chamada cláusula de barreira. “Estamos avançando, acho que vai ser possível”, disse o relator da PEC 77, deputado Vicente Cândido (PT-SP).
O grande problema continua sendo entre distritão ou distritão misto. “Estamos trabalhando em uma proposta de distritão misto, para ver se aproxima algumas bancadas. Estamos trabalhando essa possibilidade e aí resolve o problema”, afirmou o deputado.
# Democratas 2018
O líder do Democrata na Câmara Federal, Efraim Filho, afirmou que o partido quer participar de forma ativa da disputa eleitoral em 2018. Segundo o parlamentar, a legenda precisa figurar como ator principal no pleito. “O DEM tem a verdadeira política para participar de uma chapa majoritária. Nós não iremos para 2018 para ser coadjuvante, queremos ser protagonista nessa disputa”, defendeu.
# SENADO POTIGUAR
A disputa de 2018 terá novos nomes competitivos para enfrentar os senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB). Lançaram-se oficialmente a deputada federal Zenaide Maia (PR) e o ex-deputado Ney Lopes (PSD). Em uma dobradinha, eles fariam uma frente forte para a disputa.
O deputado federal Rogério Marinho, aliado e fiel cão de guarda do governo Temer, pode deixar o PSDB para se filiar ao DEM, do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, mas se for quer a garantia do senador José Agripino, de que vai ter a vaga para disputar uma vaga de senador pelo democrata.
A ala do PSDB que defende o apoio ao governo Michel Temer vai partir para o tudo ou nada. Ela quer a saída de Tasso Jereissati (CE) da presidência interina da sigla até o fim desta semana. Rogério Marinho que votou a favor para salvar Temer contra a denúncia de corrupção apresentada pelo procurador Rodrigo Janot.
Rogério, é um dos que acompanham o senador Aécio Neves até para o inferno. E se a ordem de Aécio for para deixar o PSDB pelo DEM, o tucano potiguar vai direto.
Coluna do Estadão
Integrantes da cúpula do DEM apostam que poderão faturar politicamente com a crise interna do PSDB.
Em reformulação e tentando assumir protagonismo no campo de centro-direita, dirigentes do partido acham que o desgaste dos tucanos abrirá espaço para que eleitores do PSDB voltem suas atenções para propostas novas apresentadas por legendas que se contraponham ao PT.
Nesse processo, o DEM monitora também a situação do prefeito João Doria no PSDB, abrindo a possibilidade de lançá-lo à Presidência, se os tucanos lhe fecharem a porta.
Por trás da colheita de deputados que o DEM realiza em outras legendas esconde-se um objetivo ambicioso. O partido do presidente da Câmara Rodrigo Maia tenta estruturar um projeto presidencial para 2018, abandonando a condição de coadjuvante perpétuo do PSDB. No comando do DEM, o senador Agripino Maia vende aos interlocutores a tese segundo a qual há espaço no Brasil para reproduzir o movimento político que alçou Emmanuel Macron, 39, à Presidência da França, em maio passado.
O plano do DEM é conquistar a terceira ou segunda maior bancada de deputados federais, elevando suas atuais 30 cadeiras para algo entre 50 e 60 assentos na Câmara. A articulação envolve descontentes do PSB, do PSD, do PMDB e até do PSDB. Mais gordo, o partido ampliaria seu tempo de propaganda na TV. E passaria a abocanhar uma fatia mais generosa do fundo que financia as legendas com verbas públicas.
Por Josias de Souza
O PT, Partido dos Trabalhadores, começa a enxergar que a queda de Michel Temer agora, inevitavelmente levaria o DEM e o PSDB ao centro do poder, com um de seus membros ocupando a presidência da república.
Michel Temer saindo da presidência, a constituição determina a posse de Rodrigo Maia na presidência da república, para convocar eleições dentro de um curto espaço de tempo.
Essas eleições, segundo o que reza a constituição, seriam indiretas, ou seja, feitas pelo Congresso Nacional, onde DEM e PSDB trafegam muito bem, sendo partidos bem articulados e deveriam eleger o sucessor de Michel Temer. Chegaram inclusive a especular nomes como Tasso Jereissati, Alckmin, ou outras figuras de projeção da legenda comprometidas com o grande capital.
Para não ser dessa forma, teriam de ser realizadas eleições diretas, que é a tese defendida pelo PT. Essa possibilidade torna-se inviável pois teria de ser mudada a constituição, fato considerado impossível.
Agência de Notícias
Caciques do DEM querem aproveitar a projeção com a reeleição de Rodrigo Maia e com o Ministério da Educação nas mãos para ampliar sua bancada, que caiu de mais de 100 deputados, quando o partido ainda se chamava PFL, para a casa dos 20.
Dirigentes já ensaiam incluir na reforma a possibilidade de uma nova janela, em que deputados que migrem de sigla levem consigo uma fatia de tempo de televisão e fundo partidário.
No Planalto, todos os sinais indicam que Michel Temer aproveitará prazo completo, até 20 de fevereiro, para decidir sobre a sanção ou veto da polêmica lei das telecomunicações. O presidente quer passar um pente finíssimo na medida.(Painel – Folha de S.Paulo)
Preocupados com o aumento da força da oposição no Congresso Nacional, integrantes da base aliada do governo Dilma Rousseff têm conversado com membros do ainda governista PTB na tentativa de evitar a fusão do partido com o oposicionista DEM. Se o plano vingar, a nova legenda se tornará a quarta maior bancada tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado, dificultando ainda mais a situação do Planalto no Legislativo.
Um dos principais interlocutores é o ministro petebista Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), para quem este não seria o melhor momento para discutir a questão. Uma parte da legenda se diz independente e afirma que não reconhece o ministério como de sua cota. Monteiro foi candidato derrotado ao governo de Pernambuco no ano passado, apoiado por Dilma e pelo ex-presidente Lula.
Em outra frente, o governo tenta convencer a ala governista do PTB a se manter ao menos independente, mediante a manutenção de cargos já sob seu controle no segundo escalão do governo federal. Na semana passada, o vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer (PMDB), prometeu manter sob comando da bancada petebista a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os dois lados negam que a oferta seja uma tentativa de frustrar a fusão das siglas.