07
jul

Escolha

Postado às 21:00 Hs

Eleição do novo presidente da Câmara é convocada para o dia 14

Foi lido no Plenário o ato de convocação para a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, a ser realizada na próxima quinta-feira (14), às 16 horas. Os deputados interessados poderão registrar suas candidaturas junto à Secretaria-Geral da Mesa até o meio-dia dessa data.

A eleição será secreta e ocorrerá por meio do sistema eletrônico. Para que haja quórum para o pleito, a maioria dos deputados deve estar presente à sessão (257 dos 513 parlamentares). O novo presidente será eleito em primeiro turno caso obtenha a maioria absoluta dos votos, ou seja, se estiverem presentes 257 deputados, são necessários os votos de pelo menos 129 parlamentares.

Se nenhum candidato alcançar esse número, haverá um segundo turno entre os dois mais votados. Neste caso, bastará maioria simples dos votos para eleger o novo presidente da Câmara. O candidato eleito substituirá o deputado afastado Eduardo Cunha, que anunciou sua renúncia no início desta tarde.

O presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, assinou ato convocando sessão extraordinária para realizar a eleição do novo presidente da Câmara. Na decisão, Maranhão deixa claro que o novo presidente será mesmo tampão e ficará no cargo apenas durante o período remanescente, ou seja, até fevereiro de 2017.

Do ponto de vista estritamente político para o jogo de poder atual (entre Michel Temer e Dilma Rousseff), a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara ajuda bastante o presidente interino. Por 3 razões:

1) Câmara volta a ficar sob controle – a Casa dos deputados está acéfala. O presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), tem comportamento errático. Agora, num prazo máximo de 5 sessões, a Câmara escolherá um novo presidente. As chances de o eleito ter origem entre as forças pró-Temer são enormes;

2) Acaba a curiosa aliança Lula-Maranhão – estava evidente que Waldir Maranhão estava operando a favor do grupo político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os 2 mantiveram 1 encontro recente. Agora, Maranhão voltará a ser apenas vice-presidente da Câmara, uma função que não tem relevância –exceto, é claro, quando ocorre o afastamento do titular;

3) Planalto retomará protagonismo na Câmara: o sucessor de Eduardo Cunha, em teoria, terá boa interlocução com o Poder Executivo. Mesmo que não seja 100% subserviente, apenas o retorno do bom senso na condução das sessões deliberativas já será uma vitória para Michel Temer. Ontem (4ª feira), houve uma votação para aprovar o regime de tramitação em urgência do projeto de lei sobre a renegociação das dívidas dos Estados. Sem comando, a Câmara tinha apenas 387 dos 513 deputados presentes. O governo acabou perdendo porque faltaram 4 votos.

Quem será o próximo presidente da Câmara? É muito difícil fazer uma previsão com um mínimo de ciência a respeito de quem vai suceder a Eduardo Cunha.

Por Gabriel Garcia

Com a renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara, os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) duelam pela sucessão do peemedebista. Ainda dependendo de acordo de líderes, a eleição deve acontecer na próxima terça-feira (12).

Cunha combinou com o Palácio do Planalto acordo em torno do nome de Rogério Rosso, que é seu aliado. O governo, por sua vez, acredita que o brasiliense dispõe de condição necessária para comandar a Câmara. Rosso ganhou a simpatia do novo governo após o processo de impeachment. Ele presidiu a comissão especial da Câmara.

Rodrigo Maia, em contrapartida, tenta aglutinar os desafetos de Eduardo Cunha. Ele acredita que conseguirá superar Rogério Rosso porque o peemedebista já emplacou o novo líder do governo, André Moura (PSC-SE).

Antes, no entanto, o Palácio do Planalto teme que o presidente em exercício Waldir Maranhão tente dificultar a eleição do novo presidente da Câmara. Maranhão, considerado um político inexpressivo, gostou das luzes fugazes da glória.

Por Daniel Carvalho / Estadão

Interlocutores do deputado Eduardo Cunha dizem que o presidente afastado da Câmara tem um novo “timing” para apresentar sua renúncia à presidência da Câmara, de onde está afastado por determinação da Justiça. Esta decisão seria logo depois da votação de seu recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra o parecer que pede a cassação do mandato. Outra aposta de Cunha, segundo aliados, é no campo jurídico. Se renunciar à presidência, o peemedebista deixa de ser julgado pelo plenário do STF e tem seu caso apreciado pela Segunda Turma do tribunal.

Presidida pelo ministro Gilmar Mendes, a turma é menor (5 de 11 ministros) e as sessões não são transmitidas pela TV.

PELO TWITTER – Procurado, Eduardo Cunha orientou a Coluna do Estadão a recorrer a seu Twitter, onde voltou a dizer que “não existe qualquer discussão de renúncia”.

Dois nomes despontam na briga pela sucessão de Eduardo Cunha – Rogério Rosso (PSD-DF), com apoio do próprio presidente afastado, e Giacobo (PR-PR), que tem conversado com PT, PDT e PSB, segundo representantes de seu partido.

“Não defendo ninguém porque não terá eleição agora”, diz Cunha sobre apoio a Rosso, que ainda tenta convencer a todos de que não é candidato.

19
jun

Opinião : Assim é, mas nem parece

Postado às 13:33 Hs

Por Carlos Brickmann

Renan é aliado e companheiro de Temer, ambos unidos no PMDB, certo? Como presidente do Senado, Renan foi um dos comandantes da luta pelo impeachment, que levou Temer à Presidência da República, não é?  Não, não é. Em política o que parece verdadeiro nem sempre é real. Renan tentou evitar o impeachment (gosta de Dilma, disse). Talvez por isso o procurador Janot tenha centrado fogo em Eduardo Cunha, defensor do impeachment, e dado certa paz a Renan. Mas paremos aqui: o impeachment avançou, Renan já não é necessário, e é contra ele que avança o procurador. Amigos? Político não tem amigos, tem momentos de amizade.

A guerra entre Janot e Renan deve movimentar a semana. Janot pediu ao Supremo a prisão de Renan e outros, mas foi longe demais e o pedido foi rejeitado. Perdeu no Supremo; agora Renan é que tem a iniciativa de tocar ou não em frente um pedido de impeachment de Janot. Renan disse que na próxima semana decide o que fazer. Renan é frio, calculista, letal (atenção: em Brasília, isso é elogio). E tem forte apoio no Senado, em parte por sua liderança, em parte porque os senadores já não aguentam as pressões para que lhes tirem direitos e prerrogativas, tratem-nos como cidadãos de segunda classe, esquecendo que foram eleitos, e os botem na cadeia. E quando Renan diz que nunca esteve tão próximo de Temer, pode ser verdade: um punhal nunca deixa de ser curtinho, curtinho.

Talvez Renan prefira deixar o caso do impeachment de Janot para seu vice Jorge Viana, do PT. Ajuda a compartilhar a crise com os adversários.

Veja\Por: Severino Motta \Radar

No Congresso especula-se que no evento marcado para terça-feira Eduardo Cunha poderá renunciar à presidência da Câmara. A ação teria duas consequências.

Por um lado lhe daria argumentos para tentar, num último e difícil suspiro, salvar seu mandato da cassação. Por outro, criaria um conflito para seu julgamento no STF, que na próxima quarta decide se aceita ou não a denúncia que trata de suas contas na Suíça.

Por ser presidente, a denúncia deve ser analisada pelo plenário do Supremo. Se renunciar, ele pode pedir que o caso seja levado para a Turma que cuida da Lava-Jato. Com isso, seria grande a chance de o caso não ser pautado na última semana e a análise ficaria para agosto, depois do recesso do Judiciário.

Defensores da presidente afastada Dilma Rousseff comemoram a aprovação do parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), no Conselho de Ética, que pede a cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No entanto, confessam, nos bastidores, que a confirmação da queda do peemedebista, em plenário, descarta o discurso de que o governo interino, acusado de golpista por petistas, trabalhava para salvar Cunha.

O destino de Cunha está nas mãos do plenário da Câmara, o mesmo que autorizou a abertura do impeachment de Dilma. Como a votação será aberta, são remotas as chances de o peemedebista salvar o mandato de deputado federal.  A cassação de Eduardo Cunha derrubará o discurso petista. É o velho ditado: “Pau que dá em Chico bate em Francisco”.

Via Estado de São Paulo

Aliados do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dão como certo o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) contra a cassação do peemedebista no Conselho de Ética. Caso o voto da parlamentar se confirme, Cunha conseguirá se livrar no colegiado da perda de mandato, sofrendo apenas uma pena mais leve.

Nos bastidores, ao menos quatro deputados aliados de Cunha dizem ter recebido informações de que Tia Eron vai votar contra a cassação do peemedebista. Segundo um membro da chamada “tropa de choque” de Cunha, a Universal do Reino de Deus, igreja que a deputada frequenta, teve papel central para fazê-la “votar com ele”.

Eduardo Cunha teria pedido ajuda a líderes da igreja que ela frequenta na Bahia, para convencer Tia Eron. Assim como a parlamentar baiana, o presidente afastado da Câmara é evangélico, só que da igreja Assembleia de Deus. Cunha e Tia Eron têm em suas respectivas igrejas suas principais bases eleitorais.

19
Maio

Eduardo Cunha cobra a fatura

Postado às 11:00 Hs

Por Ilimar Franco  / O Globo

Afastado pelo STF da presidência da Câmara, Eduardo Cunha faz intensa pressão sobre o Planalto. Ele quer que o presidente interino, Michel Temer, garanta as nomeações que negociou para que fosse aprovado o impeachment na Câmara. Esses cargos foram prometidos aos parlamentares do chamado Centrão (PP, PR, PSD, PTB, PRB, PSC e PTN), que também sofreram o assédio de Lula. O presidente interino Michel Temer escolheu um deputado que representa a maioria para a liderança do governo na Câmara. Ex-líder do PSC André Moura conta com o apoio daqueles partidos que são chamados de Centrão. Eles formam uma bancada de cerca de 270 parlamentares.

Essas legendas foram decisivas na aprovação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. E também foram fundamentais para eleger o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB) para a presidência da Câmara. Cunha recebeu 267 votos naquela eleição. O Centrão é formado pelo PP, PR, PSD, PTB, PSC, SD, PRB, PTN, PROS, PHS, PTdoB, PSL, PMB, PRP e PEN. A estes se soma a maioria da bancada do PMDB.

18
Maio

GOVERNO NEGOCIA RENÚNCIA DE EDUARDO CUNHA

Postado às 12:12 Hs

Por: Diário do Poder

O governo do presidente Michel Temer vem negociando a renúncia de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. O deputado faz exigências ao governo para sair de cena: a eleição de Jovair Arantes (PTB-GO) para seu lugar, a definição de Rogério Rosso (PSD-DF) para líder do governo e a indicação de aliados para alguns cargos. Cunha abriria mão do posto com o discurso de “apoio à governabilidade” e à Nação. A informação é do colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

O governo não se opõe às exigências de Cunha, exceto as nomeações. O momento é de cortar cargos e não de preenchê-los. Eduardo Cunha tenta não perder o controle da Câmara. Ele considera Jovair Arantes e Rogério Rosso dois dos seus mais fiéis escudeiros. “É uma vergonha Eduardo Cunha ainda comandar a Câmara do lado de fora”, protesta o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

 

Do Blog do Josias

As justificativas despejadas sobre o microfone na sessão de votação do impeachment já tinham revelado o talento da Câmara para os números circenses. Viu-se de tudo naquela sessão: engolidores de sapo, ilusionistas, trapezistas verbais, malabaristas ideológicos… Ao anular a tramitação do impeachment, o deputado Waldir Maranhão, interino de Eduardo Cunha, acrescentou ao espetáculo o que faltava: um animal amestrado. No caso de Waldir Maranhão, o domador é o Planalto.

A Câmara agora tornou-se um circo completo. O contribuinte, que já assegurava a bilheteria, foi convidado a desempenhar um novo papel. A decisão de Waldir Maranhão de que não valeu a votação do impeachment, se fosse mantida, transformaria todo brasileiro num palhaço instantâneo. Há, porém, um problema. Diferentemente do que se passa com os parlamentares, nem todo brasileiro tem vocação para o circo.

Difícil imaginar os patrícios que fazem o asfalto roncar desde 2013 saindo às ruas com perucas e narizes vermelhos, colarinhos folgados e sapatos grandes. Ao acionar o ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) para cavalgar a precariedade intelectual de Waldir Maranhão, o governo exagerou na esperteza. O monstro já havia parado de abanar o rabo. Cutucado pelo Planalto com o pé, vai acabar mordendo.

Por: Diário do Poder

Tão logo souberam do afastamento de Eduardo Cunha, determinada na manhã desta quinta (5) pelo ministro Teori Zavascki, deputados do PP, PMDB, PTB, PSC e PSD começaram a articular sua substituição na presidência da Câmara. A prioridade do grupo, em reunião na liderança do PP, é afastar o “sucessor natural” Waldir Maranhão, vice-presidente, que se apressou em sentar-se na cadeira de Cunha. A informação é do colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

O primeiro vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que até já foi aliado de Eduardo Cunha, votou contra o impeachment.

O regimento prevê eleição de membros da Mesa, se houver “vaga” até 30 de novembro. Não cita “afastamento”, como no caso de Cunha.

Rogério Rosso (PSD-DF) está louco para ser o presidente-tampão da Câmara. É um especialista: foi governador-tampão de Brasília.

G1\Por Gerson Camarotti

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu um alerta de aliados que estiveram ontem em sua residência: o de que ele corre risco de ter prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal se fizer qualquer movimento que possa ser interpretado como obstrução da Justiça. Essa advertência foi feita nesta quinta-feira à noite, depois do julgamento do STF que confirmou o affastamento do mandato e da Presidência da Câmara.

Aliados externaram que a decisão do Supremo foi muito contundente e que não há mais margem para qualquer tentativa de interferência de Cunha ou nas investigações internas na Câmara em seu processo de cassação ou na apuração em curso na Operação Lava Jato. “O deputado que tentar agir em nome de Cunha, também corre o risco de ter uma prisão decretada pelo STF”, disse ao Blog um parlamentar que esteve na residência oficial da Câmara.

Os aliados mais próximos de Cunha avaliam que depois da decisão de ontem o Supremo poderá repetir o que fez com o senador Delcídio, que foi preso por tentar obstruir a Justiça. “Agora, todo mundo terá medo de cumprir ordens de Cunha para retardar o processo no Conselho de Ética”, completou um aliado do presidente afastado. “Agora Cunha tem que ficar quieto”, completou.

Veja\Por: Vera Magalhães

 

Nem bem Marco Aurelio Mello pediu urgência para levar ao plenário uma ação da Rede pedindo o afastamento de Eduardo Cunha, Teori Zavascki correu para entregar na frente uma liminar afastando o peemedebista não só do posto como do mandato de deputado. A liminar foi referendada por unanimidade por ministros visivelmente aliviados de tirar esse bode da sala, e preocupados em justificar duas coisas: que se tratava de uma decisão excepcionalíssima, ou seja, não vai virar rotina o Judiciário se meter no Legislativo.

E que o tempo da Justiça é diferente do da imprensa e da política, numa clara alusão ás cobranças. O efeito curioso do afastamento de Cunha, um clamor nacional, foi a reação dos petistas: depois de passarem meses berrando fora Cunha nas ruas e nas redes sociais, partidários de Dilma Rousseff não escondiam a chateação com a queda do malvado favorito.

Alguns diziam que o Supremo esperou Cunha aprovar o impeachment para só então julgá-lo. Outros lamentavam, vejam só, que o algoz de Dilma não poderá criar problemas para Michel Temer! As reações, ilógicas, mostram que a preocupação não era com os desmandos de Cunha, e sim em ter um anteparo para justificar o fica, Dilma.

22
mar

O imortal

Postado às 9:20 Hs

Via Folha de S.Paulo – Natuza Nery

Eduardo Cunha ganhou o apelido de “Highlander”, em referência ao filme da década de 80 que conta a saga de um guerreiro que nunca morre. “Apesar das denúncias, ele segue de pé dando as cartas do impeachment contra Dilma”, diz um palaciano.

Enquanto isso, o advogado Marcello Lavenère, autor do pedido de impeachment de Fernando Collor, contesta as notícias sobre o apoio da OAB à destituição de Dilma. Sustenta que houve a aprovação à abertura do processo, não à deposição em si.

A OAB nega essa versão. A tendência, inclusive, é que a entidade apresente um pedido novo de impeachment, e não faça um complemento ao atual, o que evitaria um novo prazo para a defesa de Dilma. A escolha coincide com a vontade da oposição.

03
mar

Pé frio…

Postado às 12:53 Hs

As 3 derrotas seguidas de Eduardo Cunha em 2016

É, parece que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não começou 2016 bem, tendo que amargar três derrotas seguidas em pouco espaço de tempo.

Na política, Cunha perdeu a indicação pela liderança do PMDB para o deputado Eduardo Picianni. Depois, o Conselho de Ética da Câmara, por um voto, acatou pedido de abertura de processo disciplinar.

Por último ontem, julgamento que continua hoje, o Supremo Tribunal Federal julga denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente da Câmara dos Deputados pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro relacionados a esquema de corrupção na Petrobras. Só com banho de sal grosso.

Por José Carlos Werneck

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, retirou da pauta de votação plenário da Corte o processo envolvendo o senador Renan Calheiros, o que possibilitará que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seja julgado antes do presidente do Senado. Alguns membros do STF mostraram-se desconfortáveis com a medida, porque o processo de Cunha, apesar de mais urgente, está no tribunal há muito menos tempo que o de Renan, que lá está desde 2013.

Os advogados que defendem o senador, que foi um dos avalistas da escolha de Fachin, ganharam tempo denunciando irregularidades numa diligência feita por ocasião do inquérito, mas o verdadeiro motivo do adiamento é a enorme pressão política do presidente do Senado sobre o Palácio do Planalto e o Supremo.

Os ministros e vários especialistas têm como improvável e dificílima a probabilidade do STF tirar o deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara, mas consideram que a denúncia sobre o recebimento de propina da Petrobras e o ocultamento de contas fora do País será acatada.

O Globo

 

A reeleição do deputado Leonardo Picciani como líder do PMDB, numa diferença de apenas sete votos contra Hugo Motta (PB) – foram 37 contra 30 -, faz com que o jogo vire dentro do governo. O presidente da Câmara Eduardo Cunha, que incentivou até o último momento a eleição de Motta, não resistiu a aposta do governo que fez com que até o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PI), em plena epidemia do vírus zica, se licenciar do cargo para ajudar na votação. O resultado significa uma grande derrota para Cunha, que é líder dentro do partido desde 2013. Investigado na Operação Lava-Jato e temendo ser afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha bancou a candidatura de Motta e fez apelos desesperados aos deputados para que elegessem o seu candidato, chegando a ligar durante a madrugada para parlamentares, afirmando que votar em seu candidato era como votar nele próprio.

Ambos os grupos tentavam trazer votos dos indecisos até minutos antes do início da votação, temendo traições por conta do voto secreto. Votaram 69 deputados e dois faltaram: Jarbas Vasconcelos e Marinha Raupp. Segundo deputados do PMDB, que conversavam antes da reunião, o resultado da eleição pode influenciar o tamanho da bancada, que deverá, segundo eles, perder alguns quadros, agora que a janela partidária foi aprovada. Após ser reeleito, Picciani adotou um discurso de unidade, dizendo que não há “derrotados nem vencedores”. Ele disse ainda que, logo após o resultado, conversou com Hugo Motta e combinou com ele de procurar um caminho de consenso. Os dois são amigos pessoais: “Aqui não tem derrotados nem vencedores. A vitória é de toda a bancada do PMDB, que vai caminhar junta”.

mar 29
sexta-feira
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