13
mar

Planalto de olho em Kassab

Postado às 11:30 Hs

O governo começa a temer a operação que deve tirar do DEM o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e jogá-lo nos braços do PSB. Entusiasta da ideia de provocar uma baixa na oposição, o Planalto agora passou a ver alguns riscos nesse movimento.

O assunto entrou na pauta de reuniões da presidente Dilma Rousseff. A ideia agora é que seria melhor para o governo que o futuro PDB (Partido da Democracia Brasileira, segundo última versão de seu estatuto) seja o destino definitivo do prefeito e seu grupo, não o trampolim para burlar a lei eleitoral promovendo uma fusão com o PSB.

O maior receio é dar musculatura ao PSB que, apesar dos laços tradicionais com o petismo, trabalha para ter, no futuro, candidato próprio à Presidência. Já há até um virtual nome: o governador Eduardo Campos (PE), em seu segundo mandato e com altos índices de aprovação.

Há, ainda, outros efeitos colaterais: a adesão pode engordar a bancada do PSB em cerca de 30 deputados federais, ameaçando a hegemonia PT-PMDB no controle das cadeiras do Legislativo.

Mais: daria à sigla de nomenclatura socialista a força que ela não tem em São Paulo, reduto crucial para qualquer projeto político nacional competitivo.

Até agora, a versão recorrente era que Campos tentaria, com a adesão de Kassab, viabilizar-se como vice de Dilma numa eventual chapa à reeleição em 2014. Não é o que pensa hoje o Planalto.

Nas negociações sobre seu futuro, Gilberto Kassab chegou a considerar desembarcar no PMDB a partir do PDB. Essa opção também não é vista com bons olhos por Dilma e sua equipe. Motivo: daria mais poderes ao aliado e desbancaria o PT do posto de maior bancada da Câmara.

O PDB ainda não foi criado, mas já possui estatuto e uma lista de interessados à filiação. A Folha apurou que o documento foi elaborado de forma a garantir ao novo partido disputar a eleição municipal do ano que vem. Uma eventual migração de demistas para o PSB se daria somente após o pleito de 2012.

O ex-deputado Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice ao lado do tucano José Serra, estaria disposto a desembarcar no novo partido.

Ele e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) foram autorizados a fazer oposição a Dilma na nova legenda. Significa, portanto, que ao menos uma ala da futura sigla não será obrigada a jurar fidelidade ao Planalto.

07
fev

Políticos sem mandato é Osso…

Postado às 11:11 Hs

Inimigos políticos declarados, o ex-governador José Serra (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PSB) atravessam um momento em comum: o ostracismo.

Os dois estão sem mandato, já concorreram à Presidência da República e, após ocupar o centro da cena nacional, lutam contra o comando de seus partidos em busca de um espaço político.

Ministro do governo Lula e candidato à Presidência em 2002, Ciro trava uma queda de braço contra o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

No controle da máquina partidária, Campos indicou o ministro Fernando Bezerra para a Integração Nacional, pasta ocupada por Ciro durante a gestão de Lula.

O governador também derrotou Ciro na disputa pela liderança do partido na Câmara dos Deputados.

Ciro defendeu a escolha de Gabriel Chalita (SP), mas quem levou foi Ana Arraes, mãe de Campos.

A negociação incluiu uma conversa dura entre Campos e Ciro. Segundo integrantes do PSB, Campos alegou que uma das regras do partido é a exigência de que o líder não seja um novato da Casa.

Enquanto aliados de Ciro reclamam da asfixia imposta pelo partido, o comando do PSB alega que trabalhou para que fosse prestigiado.

Um exemplo seria sua indicação para a coordenação da campanha da hoje presidente Dilma Rousseff. Mas Ciro nem compareceu à posse da petista.

O mal-estar alimentou rumores de que Ciro pretenda deixar o PSB. Procurado pela Folha, ele negou a intenção.

Serra, por sua vez, enfrenta dificuldades para conseguir estrutura de um escritório político em São Paulo.

Sua sobrevivência depende de um suporte da cúpula partidária. Em busca de uma saída para Serra, aliados insistiram para que concorresse à presidência do PSDB.

Ao perceber o risco, o presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), aliou-se ao senador Aécio Neves (MG) para consolidar sua recondução.

A dupla apoiou ainda um movimento pela indicação do ex-senador Tasso Jereissati (CE) para a presidência do Instituto Teotonio Vilela, também cogitado por Serra.

05
dez

Cortes na Cultura

Postado às 16:27 Hs

O Ministério da Cultura vai suspender os recursos dos municípios que não estiverem com as bibliotecas públicas em pleno funcionamento.  A determinação é valida a partir desta sexta-feira (3). O ministério afirma que há cidades que, mesmo com livros recebidos da União, mobiliário e outros materiais, não inauguraram os estabelecimentos.

Também há situações em quem bibliotecas foram fechadas ou funcionam em poucos dias da semana. De acordo com a Folha Online, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que a determinação não tem caráter punitivo, mas sim de estimulo as prefeituras. O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, divulgado em abril de 2010, aponta que 420 municípios não tinham bibliotecas públicas em 2009.

Depois de chamar a arena de Brasília de “elefante branco“, o ministro do Esporte Orlando Silva Jr. agora defende que a Fifa volte a analisar a abertura da Copa-2014 no Mané Garrincha. Orlando Silva disse que “reacendeu a chama” por Brasília após se encontrar ontem com o governador eleito do Distrito Federal e aliado, Agnelo Queiroz (PT). Agnelo é ex-colega de PC do B e também foi ministro do Esporte, quando foi chefe de Orlando Silva.

“Brasília reacendeu a chama pela abertura da Copa do Mundo a partir dessa conversa. Vou transmitir a posição do governador eleito à Fifa e vou tentar organizar um encontro dele com o Comitê Local ainda este ano”, disse Orlando Silva. No encontro com Agnelo, Orlando Silva disse ainda que trabalhará para antecipar uma resposta da Fifa.

A defesa por Brasília na disputa pela abertura revela uma mudança de postura do ministro sobre o estádio do primeiro jogo da Copa. Em quatro meses, o ministro já defendeu a abertura no Morumbi, depois no Itaquerão e a redução do estádio de Brasília –e agora quer o DF de volta na disputa.

Há 15 dias, quando a Folha ainda não havia revelado que a Fifa não bateu o martelo pelo primeiro jogo em São Paulo, Orlando Silva chamou de “erro” a abertura em Brasília e defendeu um cronograma diferenciado para adequar o Itaquerão às exigências da organização.

“[Brasília] não tem ainda hoje tradição no futebol para produzir essa demanda. A chance de ser um grande elefante branco de 70 mil lugares era enorme. Evidentemente que São Paulo tem que ser tratado como um caso à parte, por um detalhe: São Paulo optou por outro estádio. Isso vai exigir que a Fifa redefina o cronograma”, afirmou o ministro.

Como a Folha mostrou, a Fifa contrariou a posição de Ricardo Teixeira, presidente do Comitê Organizador Local, que abertamente defendia a abertura da Copa-2014 no Itaquerão. “Fique seguro que nenhuma decisão final foi tomada. É importante esclarecer, entretanto, que a decisão da abertura vai ser tomada em definitivo pelo comitê local. Estamos confiantes que todos os pontos fundamentais vão ser levados em conta antes”, diz a carta do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, do dia 24 de novembro.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) afirmam que a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, terá um “papel determinante” para a “paz regional” e para a “irmandade dos povos do continente”, ao destacarem sua trajetória “sempre ligada à luta pela justiça”.  “Presidente Dilma, para a senhora o nosso aplauso e reconhecimento”, diz a nota assinada pelo Secretariado do Estado-Maior Central das Farc e divulgado nesta sexta-feira pela Anncol (Agência de Notícias Nova Colômbia), simpática à guerrilha.

“Permita que ecoemos a justificada alegria do grande povo de Luís Carlos Prestes [líder comunista brasileiro, comandante da Coluna Prestes e uma das figuras mais perseguidas pelas ditaduras da América Latina], diante do fato relevante de terem, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher sempre ligada à luta pela justiça na Presidência”, assinala o grupo guerrilheiro.

09
nov

Regulamentação de Mídias Digitais

Postado às 12:16 Hs

O ministro Franklin Martins (Comunicação Social) abriu hoje seminário internacional promovido pelo governo para discutir novas regras ao setor de mídia digital (rádio, TV e internet) com uma advertência aos empresários. Segundo ele, “nenhum grupo tem poder de interditar a discussão” sobre um novo marco regulatório e é melhor que o debate se dê num clima de entendimento.

“A discussão está na mesa, está na agenda, ela terá de ser feita. Pode ser feita num clima de entendimento ou de enfrentamento”, afirmou.

Num tom professoral, o ministro disse a uma plateia formada por dirigentes de agências reguladoras em vários países, de entidades representantes dos veículos de comunicação e da sociedade civil organizada que, “apesar de momentos de fúrias mesquinhas, a nossa sociedade tem vocação para o entendimento” e, mais de uma vez, pediu que se afaste os “fantasmas” desta discussão.

Entidades como ANJ (Associação Nacional de Jornais), Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), entre outras, enxergam na proposta do governo de criar novas regras para serem seguidas pelo setor de telecomunicações e radiodifusão uma tentativa de impor censura à liberdade de informação e controlar os meios de comunicação.

Em seu pronunciamento, o ministro classificou o temor de “truque”, segundo ele, “porque todos sabem que isso não está em jogo”, desconsiderando que a Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), realizada pelo governo no ano passado, aprovou várias medidas restritivas à liberdade de imprensa que Estados tentam viabilizar por meio da criação de conselhos de comunicação.

02
nov

José Serra não quer saber de descanso…

Postado às 17:53 Hs

Tucanos mais próximos a José Serra (PSDB) buscaram sepultar ontem a interpretação de que o tucano tem a intenção de se candidatar novamente à Presidência.

No domingo, em seu discurso após a vitória de Dilma Rousseff (PT), Serra disse que sua derrota era um “até logo” e afirmou que “quis o povo que não fosse agora” que ele fosse presidente.

Segundo tucanos, o que Serra está decidido a fazer é se manter na vida pública, com atuação política ativa. A maneira pela qual isso vai se dar ainda é uma incógnita.

“Ele nunca falou em 2014. Isso foi uma interpretação que fizeram”, disse Sérgio Guerra, presidente do PSDB e coordenador da campanha.

No caso de uma nova corrida à Presidência, ele deflagraria uma polarização direta com o senador eleito Aécio Neves (MG) dentro do partido. O mineiro desistiu de sua pré-candidatura ao Planalto, no fim de 2009, para evitar disputa direta com Serra.

Além de potencializar uma fissura nas estruturas do partido e, consequentemente, da oposição ao novo governo, Serra, sem mandato público, teria que atravessar um deserto de quatro anos antes de concorrer novamente.

Poderia disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012, mas seria alvo certo de ataques de adversários por, em 2006, ter deixado o cargo 15 meses depois de assumir. O fato chegou a ser usado por Dilma em sua propaganda.

A indefinição decorre do fato de Serra nunca discutiu a hipótese de derrota.

01
nov

Primeiros Nomes Federais

Postado às 17:09 Hs

Se depender dos conselhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, candidata eleita no último domingo (31) como sua sucessora, deve manter Guido Mantega no Ministério da Fazenda e Henrique Meirelles no comando do Banco Central, informou o colunista da Folha de São Paulo, Kennedy Alencar, nesta segunda-feira (1).

De acordo com a reportagem, Lula teria defendido a manutenção de ambos devido ao sucesso da economia perante a crise econômica internacional. Além disso, a combinação de Mantega, mais desenvolvimentista, e Meirelles, mais conservador, acalmaria o mercado financeiro, em uma época que a “guerra cambial”, termo cunhado pelo atual ministro da Fazenda, preocupa as economias ao redor do globo

Outros Possíveis Nomes:

Para a presidência do Banco Central, o jornal afirma que o PMDB recebeu uma pedido de Meirelles – que preferiria, segundo o colunista, ir para um ministério – para nomear Alexandre Tombini para o cargo, atual diretor de Normas da autoridade monetária, mas que Dilma resiste à mudança.

Quanto ao ministério da Fazenda, é apontado que Dilma também considera nomear Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o cargo.

Casa Civil e Petrobras

Outros setores do governo também já teriam sido discutidos, com o apoio de Lula por Antônio Palocci como chefe da Casa Civil. Pesariam contra o ex-ministro da Fazenda pressões de setores do PT, os quais acreditam que a presença de Palocci seria uma sombra para a futura presidente.

O colunista ainda afirma que a manutenção de José Sérgio Gabrielli na presidência da Petrobras (PETR3, PETR4) já é dada como certa.

Derrotado no primeiro turno nas eleições presidenciais, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) anulou seu voto na manhã deste domingo. Plínio votou no Colégio Santa Cruz, mesmo local onde José Serra (PSDB) ainda hoje

O socialista, que teve menos de 1 milhão de votos no primeiro turno, digitou 50, o número do PSOL, na urna.
O neto do candidato, Antonio José, 5, queria que o avô votasse em Serra. “Sou contra o regime, não sou contra nenhum dos candidatos aí”, disse Plínio.
Segundo ele, independentemente do vitorioso nas urnas neste domingo, o próximo governo será um “desastre”. “Tem diferenças entre os dois, mas as diferenças não são benéficas para o povo.  Ele foi categórico os dois são ruins”, afirmou.
Segundo Plínio, Serra “reprime mais” e Dilma “representa um sistema que coopta”.

abr 19
sexta-feira
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